Telescópios revelam as profundezas do centro da Via Láctea
Composição mostra o resultado final da imagem captada por três telescópios espaciais. A cena mostra o centro da Via Láctea, com o buraco negro super maciço localizado na área branca do lado direito da imagem. Crédito:NASA, ESA, SSC, CXC, and STScI.
Se você acha que apenas as grandes metrópoles são poluídas, confusas e caóticas, então é porque ainda não conhece o centro da Via Láctea, um local hostil, repleto de estrelas que nascem e morrem e eternamente envolto em gás ionizado e dominado por um gigantesco e implacável buraco negro. A cena mostrada foi produzida por uma série de três telescópios espaciais e retrata o centro da nossa Via Láctea visto em três comprimentos de onda diferentes, compreendidos desde o infravermelho até os raios-x. A imagem foi divulgada pela Nasa e comemora 400 anos desde que Galileu apontou o primeiro telescópio para o céu. O local é de fato bastante turbulento. Ali se desenrola o espetáculo da evolução do Universo onde os vibrantes berçários estelares convivem com outras estrelas em diferentes fases da vida, desde as adultas e quentes até às frias e antigas. O centro é dominado por uma entidade absoluta - o buraco negro - restos mortais de uma estrela super maciça com aproximadamente 4 milhões de vezes a densidade do nosso Sol.
Três imagens vistas separadamente, cada uma "vendo" o céu em comprimentos de ondas diferentes. Crédito:NASA, ESA, SSC, CXC, and STScI.
Nesta espetacular visão, observações feitas em raios-x e infravermelho puderam atravessar a obscura região de partículas cósmicas entre a Terra e o centro da Via Láctea e revelar a intensa atividade próxima ao núcleo galáctico, localizado dentro da brilhante área clara no lado direito da cena. Apesar das gigantescas distâncias envolvidas, a imagem completa cobre aproximadamente meio grau angular na abóbada celeste, o equivalente ao tamanho da Lua cheia.
Imagens Separadas
Para a construção da cena, cada telescópio sondou a região com seus sensores especializados, criando três imagens coloridas que após combinadas resultaram na composição final. As cores amarelas foram captadas pelo telescópio espacial Hubble no seguimento do infravermelho e mostram as energéticas regiões dos nascedouros estelares, composto de centenas de milhares de estrelas. Os tons avermelhados foram registrados no comprimento de onda do infravermelho pelo telescópio espacial Spitzer. A radiação e o vento das estrelas criam uma gigantesca nuvem de partículas brilhantes, dotadas de complexas estruturas em diversos formatos que vão desde glóbulos esféricos e compactos até longos e fibrosos filamentos gasosos.
As cores azuis e violetas representam as imagens captadas pelo telescópio espacial Chandra, dentro do comprimento de onda dos raios-x. Esses raios são emitidos pelo gás aquecido a milhões de graus pelas explosões estelares e pelos também pelos gigantescos fluxos de partículas jorradas pelo buraco negro no centro da Galáxia. Um pequeno pingo azulado visto do lado esquerdo da cena é provocado pela forte emissão radioativa proveniente de um duplo sistema estelar, contendo uma estrela de nêutrons ou um buraco negro.
As cores azuis e violetas representam as imagens captadas pelo telescópio espacial Chandra, dentro do comprimento de onda dos raios-x. Esses raios são emitidos pelo gás aquecido a milhões de graus pelas explosões estelares e pelos também pelos gigantescos fluxos de partículas jorradas pelo buraco negro no centro da Galáxia. Um pequeno pingo azulado visto do lado esquerdo da cena é provocado pela forte emissão radioativa proveniente de um duplo sistema estelar, contendo uma estrela de nêutrons ou um buraco negro.
Fonte: Apolo11
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