Asteroides troianos viajam em grupos pelo espaço

Em vez de serem corpos que se espalham de forma mais ou menos errática pela órbita, como se supunha, os asteroides troianos jovianos viajam em dois grandes grupos.[Imagem: NASA/JPL-Caltech]

Troianos jovianos

O observatório espacial WISE, da NASA, permitiu que os astrônomos elucidassem alguns os mistérios envolvendo os asteroides troianos. São asteroides que orbitam o Sol na mesma rota que Júpiter, o que faz com que eles também sejam conhecidos como troianos jovianos. Em vez de serem corpos que se espalham de forma mais ou menos errática pela órbita, como se supunha, eles viajam em dois grandes grupos. Um dos grupos de troianos viaja à frente de Júpiter, enquanto o segundo grupo segue logo atrás do planeta. O grupo da dianteira é ligeiramente maior - em número de asteroides - do que o grupo de trás.

Asteroides vermelhos

As observações também permitiram pela primeira vez obter informações sobre as cores dos asteroides troianos. Tanto o grupo líder quanto o grupo retardatário são predominantemente compostos de rochas de tonalidade vermelho escuro, com uma superfície fosca e muito pouco reflexiva. As observações mostraram que os dois grupos de rochas são muito semelhantes, não abrigando nenhum "intruso", que pudesse ter vindo de outras partes do Sistema Solar. Os troianos não se parecem com os asteroides do cinturão principal, entre Marte e Júpiter, nem do Cinturão de Kuiper, uma família de corpos compostos primariamente de gelo, que se acredita existir nas regiões exteriores além de Plutão.

Cápsulas do tempo

"Júpiter e Saturno hoje estão órbitas estáveis e calmas. Mas, no passado, eles trombaram e destruíram qualquer asteroide que estivesse em suas órbitas," disse Tommy Grav, cientista da missão WISE. "Mais tarde, Júpiter recapturou os asteroides troianos, mas não sabemos de onde eles vieram. Nossos resultados sugerem que eles podem ter sido capturados localmente. Se assim for, isso é emocionante porque significa que esses asteroides poderiam ser feitos do material primordial dessa parte específica do Sistema Solar, algo sobre o que não sabemos muita coisa," especula o cientista.
Fonte: Inovação Tecnológica

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