MAXI, o telescópio japonês juntamente com o telescópio espacial Swift identificaram uma estrela e um buraco negro que orbitam entre si uma vez a cada 2,4 horas.
É um feito surpreendente. A Terra, por exemplo, demora 365,25 dias para dar uma volta completa em torno do Sol, a viagem dura cerca de 30 km por segundo, o que se comparado à estrela e o buraco negro descobertos em 2010, torna a Terra uma competidora bem lenta. O buraco negro, chamado J1659-152, é aproximadamente três vezes o tamanho do Sol, e a estrela anã vermelha que orbita o buraco negro é cerca de 20% menor do que o Sol. A distância entre o Sol e a Terra é de 150 milhões de km, já a estrela anã vermelha e o buraco negro tem uma distância de apenas um milhão de quilômetros. Foi o telescópio da ESA, XMM-Newton, que descobriu o período orbital da estrela em uma investigação que levou quase 15 horas. Além disso, verificou-se um mergulho regular de emissão de raios-X, que foi causado, de acordo com a ESA, pela borda irregular de disco do buraco negro obscurecendo os raios-X quando o sistema gira.
Foi a partir desses mergulhos, que o telescópio conseguiu cronometrar o período orbital de apenas 2,4 horas, o que significa um novo recorde registrado. Anteriormente, o recorde registrado era a órbita de 3,2 horas de uma estrela e um buraco negro. A velocidade que a estrela anã vermelha precisa desempenhar para dar uma volta tão rápida em torno do buraco negro é de aproximadamente 150 mil quilômetros por hora. O autor da pesquisa do Centro Europeu de Astronomia Espacial da ESA comentou: “A estrela companheira gira em torno do centro da massa comum a um ritmo vertiginoso, quase 20 vezes mais rápido do que a Terra orbita o Sol”.
Fonte: Jornal Ciência
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