Sonda registra formações geológicas estranhas em Marte
Série de depressões captadas pela câmera HiRISE, da NASA, pode indicar a possível existência de oceanos marcianos em um passado remoto.
Fonte da imagem:Reprodução/HiRISE
A exploração de Marte já foi mito, já passou a pioneirismo e, finalmente, tornou-se algo relativamente “corriqueiro” — embora ainda deva demorar um pouco para alguém realmente plantar os pés por lá. Mas isso não significa, é claro, que o planeta vermelho não pode continuar surpreendendo. Longe disso. Uma imagem registrada recentemente pela NASA trouxe formações geológicas capazes de colocar novos pontos de interrogação entre os especialistas. Na região conhecida como Adicalia Planitia, a câmera High-Resolution Imaging Science Experiment (HiRISE) registrou o que bem pode ser o indício oceanos na superfície de Marte em período remoto. As imagens foram feitas como parte da missão da sonda Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), que atualmente se desloca sobre o hemisfério sul do planeta.
Crateras de impacto e vulcões descartados
O formato irregular das depressões registradas pela HiRISE fez com que os cientistas da NASA desconsiderassem a explicação mais óbvia — ou seja, a de crateras de impacto. Também foram descartadas as possibilidades da ação dos ventos macianos — dadas as dimensões das bordas presentes nas formações — e de atividades vulcânicas. Dessa forma, resta como possibilidade a provável existência, em tempos remotos, de oceanos na superfície de Marte — os quais devem ter se espalhado por toda a Acidalia Planitia. Considera-se também que as “crateras” tenham abrigado gelo que, com o tempo, sublimou-se, passando à atmosfera. Glaciações ancestrais são outra possibilidades — talvez depósitos gelo rico em detritos próximos a obstáculos topográficos”, afirmou o geólogo e principal investigador ligado à HiRISE, Alfred McEwen. “Imagens futuras dessa região podem nos fornecer mais pistas mas, por enquanto, é realmente um mistério.”
A região do “rosto marciano”
Vale lembrar que Acidalia Planitia é o mesmo local em que, há alguns anos, foram captadas imagens de um suposto “rosto” de proporções colossais. A possibilidade de algum tipo de escultura alienígena, entretanto, foi posteriormente descartada — conforme a mesma HiRISE mostrou que se tratava apenas de um jogo de luzes muito conveniente.
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