Uma matéria escura do B?

Matéria escura (em tons azul e verde) em um aglomerado: mais de um tipo pode existir no Cosmos
 
Os modelos atuais apontam que cerca de 23% do Universo é formado por uma componente invisível, de natureza desconhecida, denominada matéria escura. Essa componente de difícil detecção seria constituída de matéria fria, com tão pouca energia que suas partículas escuras raramente se chocariam. Ela se manifestaria na forma de um halo em torno das galáxias feitas de matéria visível, convencional, que representa apenas 5% do Cosmos. No entanto, um estudo de um grupo de astrofísicos da Universidade Harvard, comandado por Matthew Reece, sustenta que a realidade do Universo pode ser ainda mais complexa (Physical Review Letters, 23 de maio). Existiria, segundo os pesquisadores, um segundo tipo de matéria escura que poderia ter um comportamento mais parecido com o da matéria visível. Essa forma alternativa de matéria escura teria um tipo de força gravitacional que faria suas partículas se juntarem e originarem discos escuros, a exemplo do que ocorre com a matéria visível no processo de formação das galáxias. Seria ainda composta de versões “escuras” de partículas semelhantes aos prótons e elétrons que apresentariam algum nível de interação em razão da hipotética presença de uma “força eletromagnética escura”. O possível novo tipo de matéria escura teria uma presença importante, mas minoritária no Universo: responderia por apenas 5% de toda a matéria escura existente no Cosmos.
Fonte: Pesquisa Fapesp

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