Astrônomos flagraram uma espiral da morte de dois buracos negros supermassivos
Pesquisadores avistaram o que parece ser dois buracos negros
supermassivos no centro de uma galáxia
Eles estão circulando um ao outro, em uma espécie de dança. O flagra
incrivelmente raro foi feito usando o telescópio WISE da NASA. Outras
observações usando o Australian Telescope Array Compact, um poderoso telescópio
localizado na Austrália e o Gemini Sul, no Chile, revelaram características
incomuns na galáxia considerada bastante remota, incluindo jatos irregulares.
Os pesquisadores estimam que estes jatos são provocados por forças de um buraco
negro que afeta o outro ao lado, fazendo-os “balançarem”.
“Achamos que o jato de um buraco negro está sendo estimulado pelo
movimento, como uma dança com fitas”, disse Chao-Wei Tsai do Laboratório de
Propulsão a Jato da NASA em Pasadena, Califórnia. A descoberta pode ensinar aos
astrônomos mais sobre como estes objetos cósmicos extremamente densos crescem
através de fusão com outro buraco negro.
O satélite WISE examinou o céu duas vezes buscando comprimentos de onda
infravermelha, antes de ser colocado em estado de hibernação em 2011. A NASA
deu uma nova chance ao satélite em busca de outros fenômenos, dessa vez por
asteroides em um projeto chamado NEOWISE. A descoberta foi feita realizando uma
profunda análise nas centenas de milhões de fotografias retiradas pelo satélite
até encontrar o excêntrico fenômeno chamado WISE J233237.05-505.643,5 – este é
o nome do sistema binário formado pelos dois buracos negros.
“No começo nós pensamos que eram apenas propriedades incomuns desta
galáxia nova, o que indicaria que novas estrelas estavam se formando em um
ritmo furioso, mas em uma análise mais detalhada, percebemos que era um tipo de
espiral da morte de fusão de buracos negros gigantescos”, disse Peter
Eisenhardt da NASA. Quase toda a galáxia é preenchida por esse buraco negro que
possui massa equivalente a bilhões de sóis como o nosso. WISE
J233237.05-505.643,5 está a quase 3,8 bilhões de anos-luz de distância da
Terra. Eles apenas começaram o processo de fusão e os pesquisadores ainda não
sabem quando esse processo irá se completar. O estudo está disponível on-line
na Cornell University Library.
Fonte: Jornal Ciência
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