Especial Antimatéria: Antimatéria no espaço e nas naves espaciais

Especial Antimatéria: Antimatéria no espaço e na naves espaciais


Uma equipe de físicos brasileiros participa do projeto AMS, também conhecido como "LHC do espaço".[Imagem: NASA]

9. Antimatéria que deveria ter-nos impedidos de existir pode estar à espreita no espaço

Uma das maneiras pelas quais os físicos estão tentando resolver o problema da assimetria matéria-antimatéria é procurando pela antimatéria deixada pelo Big Bang. O Espectrômetro Magnético Alfa - ou AMS - é um detector de partículas montado na Estação Espacial Internacional que está procurando por estas partículas. O AMS contém campos magnéticos que curvam a trajetória das partículas cósmicas para separar a matéria da antimatéria. Seus detectores avaliam e identificam as partículas à medida que elas o atravessam. As colisões de raios cósmicos produzem pósitrons e antiprótons o tempo todo, mas a probabilidade de criar um átomo de anti-hélio é extremamente baixa por causa da enorme quantidade de energia necessária para isso. Isto significa que, se o AMS conseguir observar mesmo que um único núcleo de anti-hélio, isto seria um forte indício da existência de uma grande quantidade de antimatéria em algum lugar no Universo. O AMS continua fazendo seu trabalho, 24 horas por dias, 7 dias por semana.

10. Como impulsionar naves espaciais com antimatéria

Apenas um punhado de antimatéria pode produzir uma quantidade enorme de energia, tornando-se um combustível ideal para naves espaciais interestelares. A criação de motores para naves espaciais alimentados por antimatéria é teoricamente possível; a principal limitação está em produzir antimatéria suficiente para fazer isso acontecer. Atualmente, não existe tecnologia disponível para produzir ou coletar antimatéria no volume necessário para alimentar uma espaçonave. Como você viu em outra reportagem desta série, toda a antimatéria produzida pelo homem até hoje não daria para aquecer uma xícara de chá. No entanto, um pequeno número de pesquisadores tem realizado estudos de simulação de propulsão e de armazenamento de antimatéria, incluindo Ronan Keane e Wei-Ming Zhang (Universidade Estadual de Kent) e Marc Weber (Universidade do Estado de Washington). Um dia, se pudermos descobrir uma maneira de criar ou coletar grandes quantidades de antimatéria, estes estudos poderão ajudar a tornar realidade as viagens interestelares propelidas por antimatéria, deixando para a história os foguetes químicos e livrando-se da necessidade de estar próximos às estrelas para alimentar painéis solares.
Fonte: Inovação Tecnologica

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