Cientistas revelam novo problema que impede viagem a Marte
As missões espaciais de longa duração sob condições de
imponderabilidade podem levar a danos cerebrais permanentes, por isso o voo a
Marte exigirá a criação de sistemas de gravidade artificial, declararam os
cientistas. Os astronautas que sofrem esse tipo perturbações
cerebrais não poderão ver objetos de perto, ler manuais ou realizar pesquisas
básicas.
Também isso mudaria sua capacidade de percepção, o que pode ter graves
consequências", disse Daniel Brown da Universidade Nottingham Trent, Reino
Unido, citado pelo The Telegraph. Nos últimos anos, os cientistas têm estudado ativamente a
influência das missões de longa duração sobre a saúde humana. A maioria desses
estudos foi realizada a bordo dos ônibus espaciais norte-americanos, na Estação
Espacial Internacional e em alguns biosatélites russos. Os cientistas
descobriram uma série de ameaças para a saúde dos futuros colonizadores de
Marte.
Os experimentos com drosófilas (moscas-da-fruta) revelaram
que os voos espaciais de longa duração sob condições de imponderabilidade
prejudicam sua imunidade natural e as tornam mais vulneráveis a fungos. Outras
pesquisas revelaram que a vida no espaço acelera o envelhecimento da medula
óssea, enquanto o efeito da radiação cósmica sobre o cérebro reduz o QI.
Em seu artigo publicado na revista NEJM, Donna Roberts da
Universidade do Sul da Califórnia e seus colegas revelaram mais um impacto
negativo dos voos espaciais de longa duração. Os cientistas verificaram os
exames cerebrais de 18 astronautas que trabalharam na Estação Espacial
Internacional durante longos períodos de tempo e examinaram as mudanças na
saúde de voluntários que ficaram na cama durante 90 dias e que foram obrigados
a manter suas cabeças continuamente inclinadas para baixo para simular os
efeitos da microgravidade.
Esses exames revelaram um fenômeno estranho: a localização
das áreas do cérebro dos participantes do experimento mudou. Uma parte das
áreas perto dos olhos ou que estão ligadas à percepção da informação ficaram
deformadas.
Fonte: http://www.telegraph.co.uk
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