Marte está em posição mais próxima da Terra desde 2003
Se você nasceu e vive em uma
cidade grande, provavelmente não conhece a beleza de um céu estrelado visto de
uma área onde não existe iluminação artificial. Uma opção são as viagens que
podem levá-lo para o meio do nada; porém, se isso também não acontece, sempre
há fotos na internet mostrando como os diversos corpos celestes preenchem o céu
em locais mais isolados.
Mesmo no meio urbano, é possível
visualizar as estrelas mais brilhantes, mas talvez nos próximos meses você
consiga identificar uma em especial. No mundo da tecnologia só se fala em
viagens até Marte, e até setembro o planeta vermelho estará em evidência nos
céus noturnos de qualquer lugar do mundo. Por mais que ele esteja quase sempre
visível, o detalhe é que nesse período seu brilho será mais intenso do que o
comum.
Brilho oposto
O fenômeno causador dessa
luminosidade a mais chama-se oposição e é caracterizado pelo alinhamento de um
planeta com o Sol, enquanto a Terra está no meio do caminho. Ou seja, Marte e o
Sol estão em pontos opostos do espaço, quando consideramos nosso planeta como
referencial. Levando em conta a órbita
elíptica dos dois corpos celestes, a oposição ocorre a cada 26 meses, mas a
diferença dessa vez é que ele estará o mais próximo possível da Terra e do Sol
ao mesmo tempo.
A próxima oportunidade em que
Marte estará posicionado em condições semelhantes acontecerá a daqui, no
mínimo, 15 anos. Quem viu Marte brilhando no céu
em 2003, quando esteve no ponto mais próximo da Terra em 60 mil anos, pode se
considerar testemunha de um evento único, pois algo semelhante possui previsão
de ocorrer novamente só em agosto de 2287. Difícil até de criar um aviso para
que seu tataraneto consiga avisar o tataraneto dele que o fenômeno vai ocorrer.
Para onde olhar?
Marte poderá ser observado nessas
condições de julho a setembro de 2018; e os habitantes do Hemisfério Sul serão
contemplados com uma vista melhor do que os companheiros do Norte. Logo que a noite cair, o planeta surgirá
brilhante e avermelhado no leste, direção contrária de onde o Sol se põe. A
oposição faz com que ele seja o quarto objeto mais brilhante no céu, ganhando
até mesmo de Júpiter, que tem 1,8 vez o seu tamanho.
Não é necessário usar nenhum
equipamento para observar o planeta vermelho, mas, caso você possua um pequeno
telescópio, essa é a oportunidade perfeita para utilizá-lo e provavelmente
conseguir observar mais detalhes da superfície. Dentre os que mais se destacam
estão uma área branca, onde existe uma calota polar, e regiões mais escuras,
que são planícies rochosas repletas de crateras.
Fonte: Mega Curioso
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