Astrofísicos da UFMG descobrem três novos aglomerados estelares

Aglomerados UFMG
Astrofísicos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) identificaram três novos aglomerados de estrelas em movimento na Via Láctea. Um aglomerado é formado por estrelas que nasceram simultaneamente na mesma região, têm características físicas semelhantes e se movimentam de forma muito parecida. Cada um desses sistemas, com diâmetros entre 13 e 19 anos-luz, reúne mais de 200 estrelas.
Os aglomerados foram batizados em homenagem à universidade.
Um deles, o UFMG 1, tem cerca de 800 milhões de anos. Já o UFMG 2 existe há aproximadamente 1,4 bilhão de anos, enquanto o UFMG 3 tem idade estimada em 100 milhões de anos.
A pesquisa baseou-se na análise de dados e imagens obtidos pelo telescópio espacial Gaia, da Agência Espacial Europeia (ESA), cujas imagens foram tratadas e disponibilizadas para acesso ao público. Ele foi lançado em dezembro de 2013 com o objetivo de mapear mais de 1 bilhão de estrelas. "É um volume absurdo, jamais alcançado na história. E isso está fazendo uma revolução, proporcionando uma série de descobertas," disse Wagner Corradi, um dos cinco pesquisadores do Laboratório de Astrofísica da UFMG que participaram do estudo.
Objetos parecidos
Os três aglomerados estelares foram identificados em uma região muito densa, o que exigiu o desenvolvimento de técnicas para reconhecer os objetos nesses ambientes, o que foi feito por Filipe Andrade, primeiro autor do artigo que descreve a descoberta.
"São objetos que nasceram mais ou menos no mesmo lugar do espaço e mais ou menos na mesma época. Todos eles estão se movendo mais ou menos no mesmo sentido e com a mesma velocidade. Então é como se fosse identificar um grupo de amigos no meio de um show de rock lotado. Imagine que são amigos que têm a mesma idade, vieram do mesmo bairro, tem características em comum. Se eles forem se mudar de lugar, vão todos juntos e mais ou menos na mesma direção," ilustrou Corradi.
Segundo Corradi, a identificação e o estudo de novos aglomerados estelares permite ampliar a compreensão acerca da evolução da Via Láctea e das demais galáxias no universo.
Fonte: Inovação Tecnológica

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