Observatório Chandra da NASA comemora seu 20º aniversário
No dia 23 de Julho de 1999, o
Ônibus Espacial Columbia, foi lançado desde o Kennedy Space Center, carregando
o Observatório de Raios-X Chandra. Nas duas décadas que se passaram desde então
os poderosos e únicos olhos de raios-X do Chandra veem contribuindo e muito
para revolucionar o nosso entendimento sobre o universo.
“Nesse ano quando comemoramos
datas muito especiais como os 50 anos da chegada do homem na Lua e os 100 anos
desde o eclipse total do Sol que comprovou a Teoria Geral da Relatividade de
Albert Einstein, não podemos perder mais uma data”, disse Paul Hertz, Diretor
de Astrofísica da NASA. “O Chandra foi lançado 20 anos atrás, e continua
realizando maravilhosas descobertas científicas ano após ano”.
Para comemorar os 20 anos de
operação científica do Chandra, a NASA está lançando novas imagens
representando a exploração feita pelo observatório espacial, demonstrando a
variedade de objetos que ele estuda bem como, mostrando como os raios-X
adquiridos por ele complementam outras observações. Desde os colossais
aglomerados de galáxias até a luz de estrelas jovens, essas novas imagens
representam uma amostra do que a impressionante visão de raios-X do Chandra
pode fazer.
O Chandra é considerado um
dos “Grandes Observatórios” da NASA, juntamente com o Hubble, com o Spitzer e
com o Compton, e é até hoje o telescópio de raios-X com o maior poder de
resolução. Ele normalmente é usado em conjunto com outros telescópios, como o
Hubble e o Spitzer que observam em diferentes partes do espectro
eletromagnético, e também participa de observações conjuntas com o XMM-Newton da
ESA e o NuSTAR da própria NASA, esses dois últimos também observatórios de
raios-X.
As descobertas realizadas
pelo Chandra têm impactado virtualmente cada aspecto da astrofísica. Por
exemplo, o Chandra estava envolvido na
prova direta da existência da matéria escura. Ele tem testemunhado poderosas
erupções de buracos negros supermassivos. Os astrônomos também usam o Chandra
para mapear como os elementos essenciais para a vida são espalhados pelas
explosões de supernovas.
Muitos dos fenômenos agora
investigados pelo Chandra não eram nem conhecidos quando o telescópio espacial
foi lançado. Por exemplo, os astrônomos agora, usam o Chandra para estudar o
efeito da energia escura, testar o impacto da radiação estelar em exoplanetas e observar as
consequências dos eventos que geram as ondas gravitacionais.
“O Chandra, permanece
inigualável na sua habilidade de encontrar e estudar fontes de raios-X”, disse
Belinda Wilkes diretora do Chandra X-ray Center. “Como virtualmente cada fonte
astronômica emite raios-X, nós precisamos de um telescópio como o Chandra para
ter uma visão completa e um entendimento do universo como um todo”.
O Chandra foi originalmente
proposto para a NASA em 1976 por Riccardo Giacconi, que ganhou o prêmio Nobel
de física em 2002 pelas suas contribuições para a astronomia de raios-X, e
Harvey Tananbaum, que tornou-se o primeiro diretor do Chandra X-ray Center.
Levou décadas de colaboração entre cientistas e engenheiros, companhias
privadas e agências governamentais para fazer o Chandra se tornar uma
realidade.
“A construção e a operação do
Chandra, sempre foi e continua sendo um trabalho de equipe”, disse Martin
Weisskopf, cientistas de projeto do Chandra no Marshall Space Flight Center da
NASA. “É uma honra e um privilégio estar envolvido com esse poderoso
instrumento científico”.
Em 2018, a NASA estendeu a
missão do Chandar, e ele ficará em operação até 2024, com a possibilidade de
mais duas extensões de 3 anos.
O Observatório de raios-X
Chandra tem esse nome em homenagem ao vencedor do prêmio Nobel, Subrahmanyan
Chandrasekar. O Marshall Space Flight Center da NASA gerencia o programa do Chandra. O Chandra X-ray Center
do Smithsonian Astrophysical Observatory controla as operações de voo e
científicas do Chandra, desde Cambridge, Mass.
Fonte: NASA
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