Erupção em estrela de nêutrons estaria relacionada com rajadas de rádio detectadas
Especialistas encontraram semelhanças entre fenômeno e ondas de rádio de baixa frequência
emitidas por estrela.
Uma
erupção ocorrida na estrela de nêutros (ou magnetar, na linguagem acadêmica)
XTE J1810−197 está ajudando os astrônomos a desvendarem os mistérios que
circundam as rajadas de rádio rápidas (FRBs, na sigla em inglês). Isso porque
um grupo de especialistas encontrou semelhanças entre as ondas de rádio de
baixa frequência emitidas pela estrela e as FRBs.
Os
magnetares são estrelas com campos magnéticos extremamente fortes —, 1
quatrilhão (ou 10 bilhões) de vezes mais que o da Terra. A decomposição desse
magnetismo alimenta resulta na radiação eletromagnética de alta energia, que
pode ocorrer na forma de raios X ou ondas de rádio, por exemplo.
Poucos
corpos cósmicos do tipo foram encontrados, pois acredita-se que esse estágio da
vida de uma estrela dura muito pouco: apenas 10 mil anos. Contudo, dos
magnetares já encontrados, o XTE J1810-197, localizado a 10 mil anos-luz de
distância, na constelação de Sagitário, é um dos mais peculiares.
Embora
seja o primeiro de quatro magnetares que emitiram ondas de rádio perceptíveis,
em 2003, a estrela ficou ativa por cinco anos e, então, "dormente"
até 2018. Mas, em dezembro do ano passado, os sinais de rádio voltaram a ser
percebidos, graças ao Telescópio de Rádio Gigante Metrewave, na Índia.
Os
resultados revelaram uma rápida diminuição na densidade do fluxo de rádio após
o início inicial da explosão, o que foi consistente com as observações de 2003.
"Semelhante à explosão anterior, a densidade de fluxo de 650 MHz diminuiu
em um fator de cerca de 5 ou mais nos primeiros 20 a 30 dias", escreveram
os pesquisadores em artigo publicado sobre o assunto.
A
relação com as rajadas de rádio rápidas aconteceu por conta dos picos de
emissão de rádio que se assemelham ao fenômeno obsevado nos magnetares, mesmo
que tenham durado poucos milissegundos. "Essas estruturas podem indicar um
elo fenomenológico com as repetidas explosões de rádio que também mostram
estruturas de frequência mais detalhadas e interessantes", explicaram os
astrônomos.
Fonte: GALILEU
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