Hubble flagra "berçário de estrelas" na constelação de Gêmeos

 Imagem mostra estrela se formando na nebulosa AFGL 5180, que faz parte de um vasto complexo de nuvem molecular denominado Gem OB1 e está a cerca de 4.900 anos-luz de distância

O "berçário de estrelas" flagrado pelo Telescópio Espacial Hubble na constelação de Gêmeos (Foto: ESA/Hubble & NASA, J. C. Tan (Chalmers University & University of Virginia), R. Fedriani (Chalmers University); Acknowledgment: Judy Schmidt) 

O mais recente flagra feito pelo Telescópio Espacial Hubble é tão lindo quanto interessante: a imagem mostra um "berçário de estrelas" situado na constelação de Gêmeos, a cerca de 4.900 anos-luz de distância. 

No centro da imagem, é possível observar que uma estrela massiva está se formando e abrindo cavidades através das nuvens com um par de "jatos" que se estendem para a parte superior direita e inferior esquerda da imagem. "A luz dessa estrela está escapando e chegando até nós iluminando essas cavidades, como um farol que atravessa as nuvens de tempestade", escreveram os responsáveis pela imagem em comunicado compartilhado no site da Nasa. 

"Berçário de estrelas"

Para que uma estrela surja, um denso aglomerado de moléculas em uma nuvem de gás frio  precisa entrar em colapso sob sua própria gravidade. À medida que a estrela começa a girar em torno de si, o material na nuvem em torno dela forma um disco que vai "se enrolando" no astro em crescimento que, por sua vez, é atraído por sua força gravitacional cada vez maior. 

Essas densas nuvens de gás necessárias para o surgimento das estrelas são chamadas de nebulosas -- e receberam o apelido de "berçários de estrelas", pois são justamente onde as estrelas se formam. No caso da imagem divulgada pelo Hubble, a nebulosa observada é a AFGL 5180 e faz parte de um vasto complexo de nuvem molecular denominado Gem OB1. 

"As estrelas nascem em ambientes empoeirados e, embora essa poeira dê origem a imagens espetaculares, ela pode impedir que os astrônomos vejam estrelas incrustadas nela", explicaram os cientistas. "O instrumento Wide Field Camera 3 (WFC3) do Hubble foi projetado para capturar imagens detalhadas em luz visível e infravermelha, o que significa que as estrelas jovens escondidas em vastas regiões de formação estelar como AFGL 5180 podem ser vistas com muito mais clareza."

Fonte: GALILEU

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