Hubble espreita através das camadas do gigante elíptico

 A maioria das galáxias elípticas está associada a aglomerados de galáxias, mas NGC 474 está em uma parte relativamente vazia do espaço. Apenas uma galáxia espiral muito menor, NGC 470, está próxima e visível na imagem do Digital Sky Survey acima. Esta bela espiral provavelmente sucumbirá à atração gravitacional da NGC 474 daqui a bilhões de anos, possivelmente criando conchas ainda mais complexas ao redor da gigante elíptica. Créditos: NASA, ESA, D. Carter (Universidade Liverpool John Moores), DSS; Processamento de imagem: G. Kober (NASA Goddard/Universidade Católica da América 

Uma bela imagem do Telescópio Espacial Hubble capturou a região central da gigantesca galáxia elíptica NGC 474. Essa galáxia está localizada a aproximadamente 100 milhões de anos-luz de distância da Terra e tem cerca de 250 mil anos-luz de diâmetro, o que faz dela, 2.5 vezes maior do que a nossa galáxia, a Via Láctea. Juntamente com o seu enorme tamanho, a NGC 474 tem também uma série de complexas camadas e conchas de material que circundam o seu núcleo.

A causa da presença dessas  conchas é desconhecida, mas os astrônomos têm a teoria de que elas podem ser na verdade artefatos da absorção de uma ou mais galáxias menores por essa gigante. E assim, da mesma maneira que quando você joga uma pedra num lago se criam ondas, as galáxias que foram sendo consumidas também criaram ondas que são vistas na forma dessas conchas.

Cerca de 10% das galáxias elípticas no universo possuem essa característica, conchas de material ao redor do seu núcleo, mas diferente da maior parte das galáxias elípticas que estão associadas com aglomerados de galáxias, essas galáxias com conchas normalmente aparecem sozinhas, num espaço relativamente vazio. Isso ocorre pois elas podem ter canibalizado suas vizinhas.

A imagem foi criada com os dados obtidos pela Advanced Camera for Surveys do Hubble. Dados adicionais foram obtidos pela Wide Field and Planetary Camera 2 e pela Wide Field Camera 3. A cor azul representa a cor azul visível enquanto que a cor laranja representa a luz do infravermelho próximo.

Fonte: nasa.gov

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