Primeiras imagens científicas coloridas do James Webb sairão em julho
Sucessor do Hubble está sendo calibrado e já passa por testes
O Telescópio Espacial James Webb irá produzir suas primeiras imagens
coloridas científicas do cosmos em meados de julho, informou um astrônomo que
supervisiona o projeto em entrevista à Associated Press (AP).
Durante os últimos 5 meses, o sucessor do Hubble permaneceu alinhando
seus instrumentos em preparação para a grande revelação das fotos. "Nós
realmente gostaríamos que fosse uma surpresa", disse Klaus Pontoppidan,
cientista do Space Telescope Science Institute, nos Estados Unidos.
Ele explica que o sigilo ocorre em parte porque os primeiros alvos do telescópio ainda não foram finalizados. Uma lista de objetos que estarão na mira de Webb foi criada por um comitê formado pela NASA e seus parceiros, a Agência Espacial Européia (ESA) e a Agência Espacial Canadense (CSA).
Uma série de imagens tiradas para calibrar o telescópio já foram divulgadas anteriormente. O equipamento está alinhado em todos os seus quatro instrumentos científicos, conforme observado em uma dessas imagens que mostra a Grande Nuvem de Magalhães (acima), uma galáxia satélite da Via Láctea cujo denso campo estelar serviu para testar o Webb.
Segundo comunicado da NASA, o registro em questão foi realizado com o Mid-Infrared Instrument (MIRI) do equipamento, que permitiu mostrar o gás interestelar em detalhes sem precedentes. É possível notar a emissão de moléculas de carbono e hidrogênio que desempenham um papel importante no equilíbrio térmico e na química desse material gasoso.
Quando Webb iniciar suas observações científicas, estudos similares com o MIRI ajudarão a dar aos astrônomos novos vislumbres sobre o nascimento de estrelas e sistemas protoplanetários. As imagens, a princípio, serão filmadas em infravermelho e depois coloridas para consumo público.
O James Webb é uma das plataformas científicas mais caras já construídas, e custará à NASA quase US$ 10 bilhões (R$ 51,44 bilhões). A luz visível e ultravioleta emitida pelos primeiros objetos luminosos, esticada pela expansão do universo, chega em forma do infravermelho até o telescópio com uma clareza sem precedentes. Isso permitirá estudar as primeiras estrelas e galáxias, surgidas há 13,5 bilhões de anos.
Fonte: Galileu
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