Astrônoma amadora capta belas fotos de galáxias espirais com dados do James Webb
Com dados do observatório mais poderoso do mundo, ela obteve imagens da “Galáxia Fantasma” NGC 628 e de NGC 7496, que contém regiões de formação estelar
Nova imagem do Telescópio James Webb da galáxia NGC 628 (Foto: Judy Schmidt/Flickr/Creative Commons )
O Telescópio
Espacial James Webb cada vez mais surpreende o mundo com sua nova visão cósmica
em infravermelho. Com dados do observatório, a astrônoma amadora Judy Schmidt
conseguiu captar imagens de tirar o fôlego de duas galáxias espirais.
Os registros
foram compartilhados por Schmidt na segunda-feira (18) e terça-feira (19) em
sua página no Flickr, onde ela publica uma série de imagens astronômicas.
Embora não oficiais, as fotos das galáxias da observação do Webb foram obtidas
com dados brutos do telescópio.
Ao Space, Schmidt
conta que realiza registros com informações astronômicas há uma década e que
“os dados [de Webb] são novos, diferentes e empolgantes”.
A primeira das
imagens mostra NGC 628, também conhecida como “Galáxia Fantasma” ou Messier 74.
Alguns astrônomos a chamam de “espiral perfeita” por causa de sua intensa
simetria. Acredita-se que, no coração da galáxia, haja um buraco negro de massa
intermediária que a torna cientificamente interessante.
Localizada a 32
milhões de anos-luz de distância, a NGC 628 contém braços espirais ricos em gás
formador de estrelas semeado com as próprias estrelas jovens. Observações
anteriores revelaram pelo menos três supernovas na galáxia desde a virada do
milênio.
Esse local cósmico já foi
fotografado várias vezes, inclusive pelo Telescópio Espacial Hubble e pelo Wide-field
Infrared Survey Explorer (WISE). O que diferencia os esforços anteriores em
relação ao Webb é que o observatório mais poderoso do mundo permite que uma
faixa de infravermelho médio destaque a poeira cósmica. Ele é capaz de observar
o espaço profundo e conta ainda com o poder de um espelho hexagonal de 18
segmentos.
A segunda imagem
apresentada por Schmidt mostra NGC 7496, outra galáxia também relativamente
próxima da Via Láctea, localizada a 24 milhões de anos-luz. Trata-se de uma
galáxia espiral barrada, com braços que se estendem de uma barra que cruza seu
centro. Conforme o site ScienceAlert, cientistas acreditam que isso seja
resultado da densidade desigual no disco galáctico: a região mais densa puxa as
estrelas em sua direção para criar barras.
Estas seriam regiões de rica formação estelar, o que possivelmente faz de NGC 7496 um excelente “laboratório” para estudar o nascimento estelar. Ambas as galáxias são objetos de observações em andamento na pesquisa Physics at High Angular Resolution in Nearby GalaxieS (PHANGS), cujo objetivo é mapear as conexões entre as jovens estrelas e as nuvens de gás molecular gelado que as originam.
Fonte: Galileu
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