A Inteligência artificial ajuda os astrónomos a verem mais além e com maior nitidez
Para compreenderem a evolução do Universo, os astrónomos usam muitas
equações complexas. Como há coisas que ainda não se sabem ao certo, os
cientistas precisam de estimar alguns valores nestas equações – os valores vêm
de diferentes simulações, e os melhores correspondem a observações reais do
Cosmos.
Resolver estas equações complicadas implica muito tempo e dinheiro, mas
com a ajuda de uma nova técnica que combina inteligência artificial e
astronomia de grandes dados (Big Data em inglês) o processo ficou um pouco mais
fácil.
Através de inteligência artificial, uma equipa de investigadores
desenvolveu um emulador que pode analisar a distribuição de galáxias em
simulações ou em dados reais e prever que elementos (ou parâmetros, como dizem
os astrónomos) levaram a um determinado padrão observado!
São necessárias dezenas de horas de supercomputador para correr uma
simulação. Mas com este emulador, os resultados podem ser obtidos muito
rapidamente, num segundo de CPU de um computador pessoal (o tempo de CPU é o
tempo que um computador gasta a correr um processo)!
Primeiro, a equipa treinou o emulador com dados simulados produzidos
pelo ATERUI II, o mais poderoso supercomputador do mundo dedicado à astronomia,
operado pelo Observatório Astronómico Nacional do Japão (NAOJ). Em seguida,
correram no emulador dados reais obtidos pelo levantamento do céu SDSS (do
inglês Sloan Digital Sky Survey) para a distribuição de galáxias.
Os resultados foram muito bons: confirmaram que a matéria contribui em
apenas 30% para a energia do Universo, sendo os outros 70% energia escura,
responsável pela expansão do Universo. A análise mostrou também alguns
resultados muito precisos, com uma precisão que normalmente outros métodos
convencionais de análise não fornecem.
Combinado com dados de pesquisas que estão a decorrer, bem como pesquisas
futuras, este emulador poderá dar-nos ainda mais informação sobre o Universo em
que vivemos!
Facto Curioso:
O supercomputador Aterui II pode fazer três biliões (um três seguido de
12 zeros) de operações matemáticas por segundo!
Fonte: Portal do Astronomo
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