Terra escapa de uma das mais rápidas erupções de gás de todos os tempos

Essas erupções de gás, também chamadas de ejeções de massa coronal, são resultados de instabilidades magnéticas de grande escala

(Crédito: Divulgação/SOHO/NASA/ESA)

Na segunda-feira (13/3), a Terra escapou de uma ejeção de massa coronal do Sol, que viajava a pelo menos 3 mil quilômetros por segundo — um dos fenômenos desse tipo mais rápidos já registrados. Ejeções de massa coronal são enormes erupções de gás ionizado provenientes da coroa solar. Se o campo magnético terrestre fosse atingido, o gás poderia provocar tempestades geomagnéticas, prejudicando os meios de comunicações e estações elétricas.

Embora a rota da ejeção tenha sido desviada, o evento causou uma pequena tempestade de radiação na Terra, pois uma massa coronal (CME, na sigla em inglês) muito menor e menos veloz também foi registrada no sábado (11/3). "As CMEs podem afetar umas às outras, com uma abrindo caminho para as partículas carregadas de outra", informou o portal de divulgação científica IflScience.

Segundo informações do Departamento de Física da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), essas ejeções são resultados de instabilidades magnéticas de grande escala. "As ejeções de massa coronal são um dos eventos mais espetaculares da atividade solar, elas podem arremessar ao espaço bilhões de toneladas de plasma, bem como seus campos magnéticos embutidos. Esse material ejetado para o espaço, em velocidades de até vários milhões de quilômetros por hora, cria uma onda de choque no meio interplanetário", explica a instituição.

Histórico

Ejeções de massa coronal são comuns, mas a capacidade de causar grandes danos é considerada rara. Em 1989, por exemplo, um par dessas ejeções de gás causou uma pane na rede elétrica de Quebec, no Canadá. O evento resultou em blecaute de nove horas em toda a província canadense. Outro caso mais extremo ocorreu em 1859, quando uma tempestade geomagnética danificou os sistemas telegráficos de toda a América do Norte.

Fonte: Correio

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