Animação da NASA mostra dimensões dos maiores buracos negros conhecidos
Maiores buracos negros do Universo
Esses monstros se encasulam no centro da maioria das grandes galáxias, incluindo a nossa própria Via Láctea, e contêm entre 100.000 e dezenas de bilhões de vezes mais massa do que o nosso Sol.
Este quadro da nova animação da NASA compara os tamanhos de três buracos negros supermassivos em relação às órbitas planetárias em nosso sistema solar. No canto superior esquerdo, sem legenda, está o buraco negro no centro da galáxia Circinus. Abaixo dele está o buraco negro gigante na galáxia M32. E à direita está o buraco negro mais massivo no coração da nossa própria galáxia, a Via Láctea. Crédito: Laboratório de imagens conceituais do Goddard Space Flight Center da NASA
"Medições
diretas, muitas feitas com a ajuda do Telescópio Espacial Hubble, confirmam a
presença de mais de 100 buracos negros supermassivos," disse Jeremy
Schnittman, do Centro de Voos Espaciais Goddard. "Como eles ficam tão
grandes? Quando as galáxias colidem, seus buracos negros centrais eventualmente
podem se fundir também."
A
animação mostra 10 buracos negros superdimensionados que ocupam o centro do
palco em suas galáxias hospedeiras, incluindo a Via Láctea e a galáxia M87,
onde está o M87*, o buraco negro que tem sido extensivamente fotografado.
Começando
perto do Sol, a câmera recua constantemente para comparar buracos negros cada
vez maiores com diferentes estruturas em nosso Sistema Solar.
Maiores buracos negros conhecidos
O
primeiro é o buraco negro da galáxia anã 1601+3113, com uma massa de 100.000
sóis. A matéria é tão comprimida que até a sombra do buraco negro é menor que o
nosso Sol.
O
buraco negro no coração da nossa própria galáxia, chamado Sagitário A*
(pronuncia-se a-estrela), possui o peso de 4,3 milhões de sóis. O diâmetro de
sua sombra abrange cerca de metade da órbita de Mercúrio.
A
seguir vêm dois buracos negros na galáxia NGC 7727. Localizados a cerca de
1.600 anos-luz um do outro, um pesa 6 milhões de massas solares e o outro mais
de 150 milhões de sóis. Os astrônomos dizem que o par se fundirá nos próximos
250 milhões de anos.
Na
escala maior da animação está o buraco negro da galáxia M87, agora com uma
massa atualizada de 5,4 bilhões de sóis. Sua sombra é tão grande que mesmo um
feixe de luz - viajando a 1 bilhão de quilômetros por hora - levaria cerca de
dois dias e meio para atravessá-la.
O
filme termina com o TON 618, um dos poucos buracos negros extremamente
distantes e maciços para os quais os astrônomos têm medições diretas. Esse
gigante contém mais de 60 bilhões de massas solares e possui uma sombra tão
grande que um feixe de luz levaria semanas para atravessá-lo.
Observatório LISA
A
nascente astronomia de ondas gravitacionais pode nos fornecer mais informações
sobre os buracos negros, mas isso exigirá a construção de novos observatórios.
"Desde
2015, observatórios de ondas gravitacionais na Terra detectaram fusões de
buracos negros com algumas dezenas de massas solares, graças às pequenas
ondulações no espaço-tempo que esses eventos produzem," disse o
astrofísico Ira Thorpe, da NASA.
"A
fusão de buracos negros supermassivos produzirá ondas de frequências muito mais
baixas, que poderão ser detectadas usando um observatório espacial milhões de
vezes maior do que seus equivalentes terrestres."
É
por isso que a NASA está colaborando com a ESA (Agência Espacial Europeia) para
desenvolver o observatório espacial LISA (Laser Interferometer Space Antenna),
com lançamento previsto para a próxima década.
O
LISA consistirá em uma constelação de três espaçonaves voando em uma formação
triangular, cada uma disparando feixes de laser em direção às outras, distantes
milhões de quilômetros, para medir com precisão suas separações. Isso permitirá
a detecção de ondas gravitacionais oriundas da fusão de buracos negros com
massas de até algumas centenas de milhões de sóis.
Fonte: Inovação Tecnológica
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