Origem das bolhas na Via Láctea pode ser revelada pela antimatéria cósmica

Novas observações lançaram luz sobre as misteriosas bolhas de radiação que saem do centro de nossa galáxia, conhecidas como bolhas de Fermi. Essas bolhas, que foram descobertas pela primeira vez há mais de uma década, foram detectadas em várias formas de radiação, incluindo raios-X e radiação de micro-ondas. Apesar das inúmeras observações, os cientistas não têm certeza de como eles se formaram. 

No entanto, descobertas recentes sugerem que as bolhas podem ter se originado de um fluxo de elétrons e seus equivalentes de antimatéria, os pósitrons. O físico Ilias Cholis apresentou suas descobertas na reunião da American Physical Society, onde explicou que um jato de elétrons e pósitrons de alta energia, emitido pelo buraco negro supermassivo no centro de nossa galáxia, poderia explicar a luz de vários comprimentos de onda das bolhas. 

Durante a explosão inicial, a maioria das partículas teria sido lançada ao longo de jatos apontados perpendicularmente ao disco da galáxia. À medida que essas partículas interagiam com outras matérias da galáxia, elas perdiam energia e causavam a emissão de diferentes comprimentos de onda de luz. 

Embora a maioria das partículas tenha sido direcionada para longe da Terra, algumas poderiam ter escapado ao longo do disco galáctico, perpendicularmente às bolhas, e acabaram passando pela Terra. 

Cholis e Iason Krommydas, da Rice University, em Houston, analisaram pósitrons detectados pelo Alpha Magnetic Spectrometer na Estação Espacial Internacional. Os pesquisadores descobriram um excesso de pósitrons cujas energias atuais podem corresponder a uma explosão de atividade do centro galáctico entre 3 milhões e 10 milhões de anos atrás, exatamente na época em que se acredita que as bolhas de Fermi se formaram. 

Este resultado apóia a ideia de que as bolhas de Fermi se originaram durante uma época em que o buraco negro central da galáxia era mais ativo do que é hoje. O buraco negro pode ter feito uma refeição milhões de anos atrás, causando um arroto que produziu o fluxo de elétrons e pósitrons responsáveis pela formação das bolhas de Fermi. 

Embora as descobertas forneçam uma explicação para a formação das bolhas de Fermi, mais pesquisas são necessárias para entender completamente sua origem e os processos envolvidos. Mais estudos serão necessários para confirmar a hipótese proposta por Cholis e Krommydas. 

A descoberta das bolhas de Fermi e sua possível origem fornecem informações sobre o funcionamento do buraco negro supermassivo no centro de nossa galáxia. Ao estudar essas bolhas, os cientistas esperam entender melhor os processos que ocorrem nas proximidades do buraco negro e como esses processos afetam a evolução de nossa galáxia como um todo. 

Em conclusão, as observações recentes de excesso de pósitrons fornecem novos insights sobre a formação das bolhas de Fermi e o papel do buraco negro supermassivo no centro de nossa galáxia. Embora as descobertas sejam empolgantes, mais pesquisas são necessárias para entender completamente os processos envolvidos e confirmar a hipótese proposta por Cholis e Krommydas.

Fonte: cienciaetecnologia.com

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