Um "anti-universo" explicaria, de uma só vez, todos esses mistérios cosmológicos!
O Universo parece ser mais
simples do que aquilo que as teorias atuais imaginam. As observações recentes,
desde as vastas extensões cósmicas até as menores partículas, não revelam a
complexidade esperada pelos cientistas. Esse fato coloca em questão os grandes
modelos da cosmologia moderna, como a teoria das cordas e a inflação cósmica.
Há décadas, a teoria das cordas sugere que o Universo é composto por minúsculos laços de matéria em vibração. Mas, para funcionar, ela introduz dimensões adicionais do espaço, invisíveis e dobradas sobre si mesmas. A inflação, por sua vez, propõe que o Universo tenha passado por uma expansão fulminante logo após o Big Bang, explicando por que ele parece tão uniforme. No entanto, apesar de suas qualidades teóricas, nenhuma dessas hipóteses recebeu provas concretas até o momento.
As previsões da inflação, em
particular das ondas gravitacionais de grande comprimento de onda, ainda não
foram observadas. Vários modelos de inflação estão até mesmo excluídos pelas
medições atuais. Essa diferença entre teoria e realidade levou alguns pesquisadores
a explorar outras vias.
Dois físicos, incluindo Latham
Boyle, propõem uma alternativa simples e audaciosa: um Universo simétrico onde
o Big Bang teria criado um "reflexo temporal". Na sua hipótese do
"espelho", o Universo seria acompanhado por um anti-universo,
evoluindo na direção contrária no tempo, respeitando uma simetria chamada CPT,
um princípio que equilibra a matéria e a antimatéria no tempo e no espaço.
Esse modelo "espelho"
poderia explicar vários enigmas da cosmologia moderna. Ele daria, por exemplo,
uma resposta elegante ao enigma da matéria escura: partículas hipotéticas
chamadas neutrinos "destros", invisíveis exceto por sua influência
gravitacional, poderiam constituir essa matéria. E essa hipótese é verificável:
se estiver correta, um dos três tipos de neutrinos conhecidos deveria ser
desprovido de massa, uma propriedade atualmente em estudo pelos pesquisadores.
Os pesquisadores também se
interessaram pela questão da entropia, um conceito relacionado à organização do
Universo. Segundo eles, um Universo simples, plano e em expansão, como o que
observamos, seria o estado mais provável e estável. Essa abordagem, baseada em
cálculos de probabilidade, poderia explicar por que nosso Universo é tão
uniforme, sem a necessidade de recorrer à inflação.
Ainda melhor, variações quânticas
dentro desse Universo "espelho" seriam suficientes para explicar a
formação das estruturas observadas, como as galáxias, sem gerar aquelas ondas
gravitacionais até agora não detectadas.
Essa teoria alternativa ainda
precisa ser refinada, mas oferece uma visão revigorante e mais intuitiva do
Universo. Os pesquisadores incentivam a comunidade científica a considerar
essas novas perspectivas, menos complexas, para avançar na compreensão do
Universo. Ao voltar às observações, em vez de usar modelos matemáticos
sofisticados, pode ser que os mistérios do Universo sejam mais acessíveis do
que se imaginava.
Fonte: techno-science.net
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