Será que encontramos a primeira pista do planeta nove?
Nosso Sistema Solar é
formado pelo Sol, a estrela central, e tudo o que é atraído por sua gravidade:
os planetas Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno,
além de planetas anões como Plutão, várias luas, e milhões de asteroides e cometas
Planeta Nove
Os planetas giram ao redor do Sol
em órbitas elípticas (parecidas com ovais). Os quatro planetas mais próximos do
Sol (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte) são rochosos, enquanto os quatro mais
distantes (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) são gigantes gasosos ou de gelo,
muito maiores que a Terra.
Por muitos anos, os cientistas procuram novos planetas no Sistema Solar, mas até agora não encontraram candidatos convincentes. Plutão já foi considerado o nono planeta, mas em 2006 foi reclassificado como planeta anão. Desde então, a ideia de um “Planeta Nove? surgiu em 2016, proposta pelos astrônomos Batygin e Brown.
Eles acreditam que
esse planeta existe porque alguns objetos distantes, chamados de
transneptunianos, têm órbitas estranhas, como se fossem influenciados por um
planeta grande e invisível. Apesar de muitas buscas com telescópios poderosos,
o Planeta Nove ainda não foi visto diretamente e continua sendo apenas uma
teoria.
Um estudo recente, liderado por Terry Long Phan e publicado pela Cambridge University Press, tentou encontrar pistas do Planeta Nove. Os pesquisadores usaram dois levantamentos de infravermelho, chamados IRAS e AKARI, feitos com 23 anos de diferença. Essa diferença de tempo ajuda a identificar o movimento de um possível planeta, que se moveria cerca de 3 minutos de arco por ano.
Eles usaram uma lista especial
do AKARI, chamada AKARI-MUSL, que é boa para encontrar objetos fracos e em
movimento. Com base em suposições sobre o tamanho, distância e temperatura do
Planeta Nove, os cientistas calcularam como ele deveria aparecer e se mover.
Depois, compararam as imagens do IRAS e do AKARI para encontrar pares de
objetos que combinassem.
Após uma análise detalhada, a equipe encontrou 13 pares de objetos que poderiam ser o Planeta Nove, com distâncias do Sol entre 500 e 700 unidades astronômicas (uma unidade astronômica é a distância da Terra ao Sol) e massas entre 7 e 17 vezes a da Terra. Depois de revisar cuidadosamente, incluindo a análise de imagens, eles destacaram um par muito promissor.
Esse par mostrou a separação angular
esperada (entre 42 e 69,6 minutos de arco) e não apareceu no mesmo lugar nos
dois levantamentos, o que sugere movimento. Mapas do AKARI também indicaram que
esse objeto se comporta como algo que se move lentamente, com duas detecções em
uma data e nenhuma seis meses antes.
No entanto, os dados do IRAS e do
AKARI não são suficientes para confirmar a órbita desse objeto. Os cientistas
sugerem novas observações com o DECam, um instrumento capaz de detectar objetos
fracos em cerca de uma hora, para confirmar se esse candidato é realmente o
Planeta Nove e entender sua órbita. Isso pode ajudar a descobrir mais sobre
como o Sistema Solar se formou e evoluiu.
A busca pelo Planeta Nove está
avançando com técnicas modernas e análises cuidadosas. Encontrar um candidato
promissor é um passo emocionante, mas ainda é preciso mais observações e
trabalho em equipe entre astrônomos para confirmar sua existência. Se o Planeta
Nove for encontrado, será uma descoberta incrível que mudará o que sabemos
sobre o Sistema Solar!
Terra Rara

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