Cometa Lemmon atinge brilho máximo e pode ser visto no céu do Brasil

O cometa C/2025 A6, conhecido como Lemmon, está cruzando os céus do Brasil e atinge nesta semana o seu ponto de maior brilho e visibilidade. Descoberto em janeiro pelo observatório Mount Lemmon, no Arizona (EUA), ele realiza uma passagem rara pela órbita da Terra, que só voltará a ocorrer daqui a mais de 1.300 anos.

Descoberto em janeiro no Arizona, o cometa Lemmon está em seu ponto mais brilhante e pode ser observado a olho nu em todo o país até 1º de novembro. O fenômeno será mais visível entre os dias 27 e 31 de outubro, especialmente após o pôr do sol, em regiões de céu limpo © DR 

A melhor oportunidade para observar o Lemmon será entre os dias 27 e 31 de outubro, com destaque para a noite de Halloween, quando deve alcançar o auge do brilho. Durante esse período, o cometa poderá ser visto a olho nu em locais escuros e com pouca poluição luminosa, especialmente logo após o pôr do sol.

O Lemmon aparece no céu do oeste, próximo às constelações de Escorpião e Libra, nas proximidades dos planetas Mercúrio e Marte e da estrela Antares. Em condições ideais, o cometa se assemelha a um ponto esverdeado e difuso, diferente das estrelas ao redor. Com binóculos ou telescópios, é possível visualizar melhor sua cauda tênue e alongada.

O brilho verde característico é causado pela presença de carbono diatômico, um gás que, ao ser atingido pela radiação solar, emite luz nessa cor. A cauda do cometa, por sua vez, é formada por poeira e íons empurrados pelo vento solar à medida que o Lemmon se aproxima do Sol.

Para uma boa observação, recomenda-se procurar locais afastados da iluminação urbana, olhar para o horizonte oeste logo após o pôr do sol e permitir que os olhos se acostumem à escuridão. O uso de binóculos ou câmeras com boa captação de luz também ajuda a visualizar melhor o fenômeno.

A expectativa é que o Lemmon permaneça visível até o dia 1º de novembro, com brilho máximo entre os dias 30 e 31 de outubro. A passagem do cometa representa um evento astronômico raro e inesquecível para quem conseguir observá-lo antes que desapareça novamente por mais de um milênio.

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