Cometa 3I/ATLAS desafia cientistas novamente após se aproximar do Sol
O intrigante cometa 3I/ATLAS
surpreendeu a comunidade científica mais uma vez. Por meio da observação de
imagens do objeto após sua volta ao redor do Sol, os pesquisadores conseguiram
concluir que ele não se fragmentou após o periélio, momento em que passou mais
perto do astro.
Cometa 3I/ATLAS
As fotos do dia 11 de novembro, capturadas com o Telescópio Óptico Nórdico, mostram que ele ainda tem uma cauda para o lado oposto do Sol — o que indica que ele está liberando materiais. O esperado seria que o cometa se fragmentasse devido à intensa sublimação (a passagem direta do estado sólido ao gasoso) de sua parte de gelo ao se aproximar do Sol.
As novidades foram explicadas em
um texto publicado no Medium por Avi Loeb, ex-chefe do departamento de
astronomia da Universidade de Harvard e chefe do Projeto Galileu, que busca
evidências de tecnologias extraterrestre em nosso Sistema Solar.
De acordo com ele, essa é mais
uma das anomalias apresentadas pelo 3I/ATLAS, já que, segundo os cálculos dos
cientistas, seria necessária uma energia maior do que o cometa possuía para que
ele se mantivesse íntegro ao passar pelo periélio — levantando dúvidas sobre
sua composição e origem.
Em seu texto, Loeb cita que isso
pode ter acontecido devido a um mecanismo não natural, talvez tecnológico, no
cometa, capaz de direcionar gases de escape e alterar sua trajetória após a
passagem pelo Sol.
O 3I/ATLAS também chamou a
atenção dos cientistas nos últimos dias por ter emitido os primeiros sinais de
rádio.
Captado pelo radiotelescópio
MeerKAT, instalado na África do Sul, as linhas de absorção de rádio registradas
pelos astrônomos foram provenientes de radicais de hidroxila, substância
derivada da sublimação do gelo, com frequências de 1,665 GHz e 1,667 GHz.
A descoberta é um marco já que
essa é a primeira vez que cientistas conseguem captar sinais de rádio de corpos
celestes formados fora do Sistema Solar.
Os pesquisadores já se organizam
para detectar novos sinais de rádio provenientes do 3I/Atlas. Em março de 2026,
o cometa interestelar passará próximo ao planeta Júpiter, a uma distância de
aproximadamente 50 milhões de quilômetros.
Estudos preliminares levantados
pela (IAWN) Rede Internacional de Alerta de Asteroides revelam que o 3I/Atlas
se formou em outro sistema estelar e foi ejetado para o espaço onde vagou por
cerca de milhões de anos até chegar ao Sistema Solar.
O que é o 3I/ATLAS?
O 3I/ATLAS foi detectado em 1º de
julho de 2025 pelo telescópio Atlas (Asteroid Terrestrial-impact Last Alert
Survey System), localizado em Río Hurtado, no Chile.
Posteriormente, um estudo baseado
em observações do Telescópio Espacial James Webb (JWST) revelou alguns detalhes
incomuns sobre o 3I/ATLAS, como uma coma (a nuvem de gás e poeira ao redor do
núcleo do cometa) dominada por dióxido de carbono (CO₂). Esta é uma concentração jamais vista em cometas.
Terceiro objeto espacial
localizado fora do Sistema Solar, o cometa foi categorizado como interestelar
devido à sua trajetória hiperbólica — o que significa que ele não está preso à
gravidade do Sol e não segue uma órbita fechada.
Msn.com

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