Aqüíferos na Subsuperfície de Marte Alimentaram Por Muito Tempo Oceanos e Lagos na Antiga História do Planeta

Imagens da sonda que está orbitando o planeta Marte parecem indicar que o planeta vermelho pode ter tido em algum momento na sua história oceanos e lagos, e os pesquisadores estão ainda tentando entender como esses corpos de água podem ter se desenvolvido. Uma nova explicação é que os aqüíferos subterrâneos enviaram água para a superfície  formando dessa maneira o assoalho das antigas bacias de escala continental presentes em Marte. A água emergiu através de imensas fraturas formando assim sistemas como de rios, erosão em grande escala, deposição sedimentar e acúmulo de água em grandes corpos localizados nas planícies ao norte do planeta.
J. Alexis Palmero Rodriguez, pesquisador e cientista do Planetary Science Institute, tem estudado as regiões de terras baixas do planeta Marte, descobrindo ali grandes depósitos sedimentares que lembram planícies abissais no assoalho dos oceanos terrestres. Isso é também parecido ao assoalho de outras bacias em Marte onde acredita-se que os oceanos possam ter se desenvolvido.
A origem desses depósitos e a formação dos lagos e oceanos marcianos é um tema que gera controvérsia há muitos anos. Uma teoria é que eles lançaram de forma repentina grandes volumes de água e sedimentos de zonas de aparente colapso crustal conhecida como terrenos caóticos. Contudo, essas zonas de colapso são raras em todo o planeta, enquanto que as planícies de depósitos são espalhadas e comuns nas grandes bacias.
A partir de evidências nas planícies do norte do planeta (ao sul da Gemini Scopuli em Planum Boreum), o novo modelo de Rodriguez não necessita de uma descarga repentina de água. Ao invés disso, ele advoga que as descargas de água ocorreram de forma espalhada pelo planeta tinham uma longa duração e eram comuns nas planícies do norte de Marte.
“Com a perda de água durante o tempo do aqüífero em subsuperfície, as áreas das planícies do norte colapsaram, criando assim a superfície acidentada que observamos hoje. Alguns platôs podem ter evitado esse destino e preservaram planícies sedimentares contendo um imenso registro da atividade hidrogeológica”, disse Rodriguez. “O registro geológico em regiões colapsadas foram perdidos”.
“Esse modelo implica que as descargas de água da subsuperfície dentro das bacias de Marte podem ter ido freqüentes e levaram a formação piscinas de lama, lagos e oceanos. Em adição a isso, nosso modelo indica que isso poderia ter acontecido em qualquer momento na história do planeta”, disse o pesquisador. “Pode ter existido muitos oceanos em Marte durante o seu período de vida”. Se a vida existiu em sistemas marcianos de subsuperfície, as formas de vida poderiam ter sido trazida até a superfície por meio das descargas desses fluidos. Organismos e seus fósseis podem então estar preservados dentro de alguns desses estratos sedimentares.

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