O Very Large Telescope do ESO Espia o Interior de Uma Nebulosa Distante
Os astrônomos usando dados coletados pelo Very Large Telescope do ESO no Observatório do Paranal no Chile, construíram uma impressionante composição de imagens da nebulosa Messier 17, também conhecida como Nebulosa Omega ou Nebulosa do Cisne. A imagem que parece uma aquarela mostra vastas nuvens de gás e poeira iluminadas pela intensa radiação emitida por estrelas jovens. A imagem mostra uma região central com aproximadamente 15 anos-luz de comprimento, embora a nebulosa como um todo seja bem maior se espalhando por mais de 40 anos-luz. A Messier 17 está localizada na constelação de Sagitarius (o Arqueiro) a uma distância de aproximadamente 6000 anos-luz da Terra. Essa nebulosa é um alvo bem popular para astrônomos amadores que conseguem mesmo com pequenos telescópios obter imagens de boa qualidade. Essas observações profundas feitas pelo VLT usaram o comprimento de onda do infravermelho próximo através do instrumento ISAAC. Os filtros usados foram o J (1.25 mícron mostrado em azul), o H (1.6 mícrons mostrado em verde) e o K (2.2 mícrons mostrado em vermelho). No centro da imagem está um aglomerado de estrelas jovens e massivas que emitem uma intensa radiação fazendo com que o gás hidrogênio ao redor brilhe. No canto inferior direito do aglomerado existe uma imensa nuvem de gás molecular. No comprimento de onda do visível os grãos de poeira na nuvem obscurecem a nossa visão, mas observando na luz infravermelha o brilho do gás hidrogênio atrás da nuvem pode ser visto. Escondido nessa região que tem uma aparência escura avermelhada os astrônomos encontraram a silhueta opaca de um disco de gás e poeira. Embora apareça pequeno na imagem, o disco tem um diâmetro de 20000 Unidades Astronômicas. Acredita-se que esse disco esteja em rotação e dessa forma alimente material para uma protoestrela – um estágio bem inicial no processo de formação estelar.
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