Telescópio Hubble detecta estrelas jovens dentro de bolha verde
Agência espacial norte-americana divulga imagem de 'Objeto de Hanny'. Rastro da gás tem 300 mil anos-luz de comprimento.
Detectado por uma professora chamada Hanny van Arkel, o 'Objeto de Hanny' (abaixo) é a parte visível de uma grande região com gás e poeira na vizinhança da galáxia IC 2947 (acima), na direção da constelação de Ursa Maior. (Foto:Nasa / ESA / W. Kell - Universidade de Alabama / Galaxy Zoo)
Detectado por uma professora chamada Hanny van Arkel, o 'Objeto de Hanny' (abaixo) é a parte visível de uma grande região com gás e poeira na vizinhança da galáxia IC 2947 (acima), na direção da constelação de Ursa Maior. (Foto:Nasa / ESA / W. Kell - Universidade de Alabama / Galaxy Zoo)
O telescópio espacial Hubble registrou a primeira imagem de uma bolha de gás verde, gigante e misteriosa, e descobriu que ela é estranhamente "viva". A foto foi divulgada pela NASA durante uma reunião na Sociedade Astronômica Americana, em Seattle, Washington. A bolha brilhante e bizarra, que tem o tamanho da Via Láctea e está a 650 milhões de anos-luz de distância da Terra (cada ano-luz equivale a cerca de 9,46 trilhões de quilômetros), dá à luz novas estrelas, algumas com "apenas" 2 milhões de anos, em áreas remotas do Universo onde os astros normalmente não se formam. Essa "mancha verde" foi descoberta pela primeira vez em 2007, pela professora holandesa Hanny van Arkel, e chamada de Hanny's Voorwerp, ou seja, objeto de Hanny. Segundo a professora, quando ela viu o estranho objeto há mais de três anos, ele parecia azul e menor. A foto do Hubble fornece uma imagem mais clara e melhor explicação para o que está acontecendo ao redor da bolha. "Na verdade, parecia uma mancha azul. Agora parece um sapo dançando no céu, porque é verde", compara Hanny. Partes da bolha estão em colapso, e a consequente pressão no local acaba gerando as estrelas. Os berçários estelares estão localizados fora de uma galáxia normal, que é geralmente onde os astros vivem. Isso faz com que eles sejam "estrelas recém-nascidas extremamente solitárias", localizadas "no meio do nada", classifica o astrônomo Bill Keel, da Universidade do Alabama, que examinou a bolha. A mancha é formada na maior parte por gás hidrogênio, que gira no encontro de duas galáxias. A região brilha porque é iluminada por um quasar, objeto luminoso e cheio de energia alimentado por um buraco negro, em uma das galáxias. Desde a descoberta da holandesa, os astrônomos têm procurado por bolhas de gás semelhantes e encontraram 18 delas, mas todas têm cerca da metade do tamanho da Voorwerp.
Fonte:G1
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