Os maiores mistérios da lua
Embora a lua seja o corpo celeste mais próximo da Terra, ela ainda guarda uma enorme quantidade de mistérios. Mais próxima em termos relativos, claro: o grande satélite que embeleza nosso céu está a cerca de 362 mil quilômetros de distância de nós. Um ser humano não deixa sua marca na superfície da lua desde 1972. Chegar lá não é tarefa fácil, especialmente em missões tripuladas. Mas isso não impede uma série de pesquisas sobre o satélite.
Mesmo com quase quatro décadas sem a presença humana, a lua recebeu uma série de sondas, enviadas por várias nações ao redor do mundo. Rochas lunares transportadas para a Terra pelo programa Apollo, décadas atrás, ainda continuam oferecendo pistas importantes para entender a história da lua. Futuras missões, com robôs e pessoas, devem nos ajudar a encontrar soluções para as dúvidas do quebra-cabeça lunar. Abaixo você confere os principais questionamentos dos astrônomos e curiosos.
Como a lua chegou lá?
Culturas em todo o planeta já criaram mitos para tentar explicar a existência da lua, nas mais diversas épocas. Atualmente, os cientistas têm novas ideias sobre o que realmente aconteceu.A teoria mais aceita é a de que um corpo do tamanho de Marte se chocou com a Terra, cerca de 4,5 bilhões de anos atrás. Com a colisão, o outro corpo teria se desintegrado. Seus pedaços teriam se condensado e ficado presos pelo campo gravitacional da Terra, gerando assim nossa grande vizinha prateada. A hipótese, entretanto, levanta dúvidas. A lua tem muita água congelada, por exemplo, algo que não poderia ser ligado a sua possível origem quente.
Lua de gelo
A lua continua surpreendendo pesquisadores pela quantidade de água que contém. Quanto mais os astrônomos procuram o líquido, mais eles encontram, em diferentes locais e profundidades. A água, em forma de gelo, transformou-se em crateras. Estudos indicam que o interior da lua é muito mais úmido do que estimavam os pesquisadores (ainda que hiperárido, se comparado com o da Terra). Uma das possibilidades é que cometas gelados tenham colidido com a lua, originando parte substancial dessa água. Mas a questão da origem e distribuição do líquido na lua ainda é um mistério que deixa os cientistas coçando a cabeça.
As duas caras da lua
O lado negro da lua pode não ser visível da Terra, mas isso não impede que pesquisas se realizem lá. As marias, regiões escuras de magma resfriado, são praticamente ausentes por lá, como foi revelado por sondas e observado por astronautas do Apollo 8. Os hemisférios totalmente diferentes da lua podem ser explicados, em parte, pelo fato do lado escuro ter uma crosta espessa, com cerca de 15 quilômetros. O lado iluminado é mais propenso a se rachar com a colisão de meteoritos, que também espalham magma no local.
Seria a lua o motivo para a nossa existência?
Com o quarto maior diâmetro e mais de 1% da massa da Terra, nossa lua é o quinto maior satélite natural do sistema solar, e o maior em relação ao seu planeta. Com sua massa considerável, a gravidade lunar estabiliza a oscilação do eixo terrestre, moderando nossas mudanças sazonais. Além disso, a lua tem função importante nas marés do oceano e pode ter ajudado na formação da sopa primordial, a mistura que teria dado origem à vida na Terra há mais de três bilhões de anos.
Os astrônomos se perguntam se planetas semelhantes à Terra precisariam de grandes luas como a nossa para que a vida pudesse se desenvolver. Uma resposta pode estar no nosso vizinho vermelho, Marte. O planeta tem duas pequenas luas, que podem ter sido asteróides anteriormente. Nunca foi encontrada vida em Marte, algo improvável, mas não fora de questão. Os estudos para descobrir se alguma forma de vida surgiu por lá podem ser fundamentais para entendermos a influência das luas nos planetas, e como seria o desenvolvimento da vida na Terra sem ela.
Fonte: http://hypescience.com/ [Life'sLittleMysteries]
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