Sonda Cassini detecta oxigênio em lua de Saturno
Esta imagem captada pela Cassini mostra detalhes das falhas e crateras de Dione, um mundo gelado que mostra sinais claros de atividade geológica. [Imagem: NASA/JPL/Space Science Institute]
Difícil de respirar
A sonda espacial Cassini encontrou traços de oxigênio ao redor da gelada lua Dione, de Saturno. O oxigênio encontrado não seria suficiente nem mesmo para o menor organismo da Terra, mas é uma importante confirmação de uma tênue atmosfera em Dione - chamada exosfera. Os cálculos indicam que o oxigênio molecular encontrado equivale a um átomo - na realidade, um íon - em cada 11 centímetros cúbicos de espaço. Extrapolando para a superfície de Dione, a "concentração" de oxigênio chegaria a 90.000 átomos de oxigênio em cada metro cúbico de espaço. Isso equivale à concentração de oxigênio encontrado a 480 km de altitude na Terra.
Prova de não-vida
"Nós agora sabemos que Dione, ao lado da lua Rhea e dos anéis de Saturno, é uma fonte de moléculas de oxigênio," disse Robert Tokar, principal autor da descoberta. Isto mostra que o oxigênio molecular na verdade é comum no sistema de Saturno, e reforça que ele surge de um processo que não envolve a vida," propõe o cientista. A equipe acredita que o oxigênio de Dione deriva de fótons solares ou de partículas cósmicas de alta energia bombardeando o gelo de água que cobre a superfície da lua, liberando os íons de oxigênio.
Chamando a atenção
A sonda Cassini já coletou um grande volume de informações de Dione, mas a lua nunca havia despertado muito interesse entre os cientistas porque se acreditava que ela era pequena demais para ter uma exosfera.
"Esta nova pesquisa mostra que Dione é muito mais interessante do que havíamos pensado antes. Os cientistas já começaram a escavar os dados sobre Dione para olhar para a lua em maiores detalhes," delatou Amanda Hendrix, cientista da NASA para a missão Cassini.
Fonte: Inovação Tecnológica
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