. . . e assim surgiu nosso planeta!

Nada é eterno!
 
Temos fortes razões para acreditarmos que o próprio Universo (matéria tempo espaço) teve um início e deverá ter um fim. Hoje acreditamos que o início do Universo se deu há aproximadamente 13,7 bilhões de anos e o Sistema Solar se formou há aproximadamente 5 bilhões de anos. O Sol é uma estrela como outra qualquer. Só na nossa galáxia (agrupamento de estrelas com seus respectivos sistemas planetários; gases e poeira do qual fazemos parte) acreditamos que existam entre 200 e 250 bilhões de estrelas. As estrelas, e seus sistemas planetários, têm pelo menos uma característica em comum com os seres vivos: elas 'nascem', 'vivem' e 'morrem'. As estrelas se formam a partir da contração de imensas nuvens de gás e poeira que existem nas galáxias, entre as estrelas (3/4 da massa de uma galáxia está na forma de gás e poeira).

Uma nuvem interestelar se mantêm em equilibrio durante bilhões de anos. Por um lado, a atração gravitacional de cada partícula da nuvem sobre todas as demais partículas tende a contraí-la. Por outro lado, a radiação emitida por cada uma dessas partículas, tende a expandí-la. Quando esse equilíbrio é quebrado a favor da atração gravitacional, essa nuvem começa a se contrair. Analogamente à água que enche uma pia quando começa a descer para o ralo, quando essa nuvem começa a se contrair, ela começa a girar. Quanto mais se contrai, mais rápido gira (efeito pia).  Do mesmo jeito que a massa da pizza que é aberta quando girada no ar, à medida que essa nuvem vai girando ela vai se achatando em um disco. Quanto mais rápido gira, mais esse disco se afina (efeito pizza).
 
A maior massa da nuvem original vai se concentrando em uma esfera no centro desse disco. Quanto mais massa se agrupa ali, maior a pressão no interior dessa esfera. Quando essa pressão atinge um valor crítico é 'acesa a caldeira' da estrela. Chamamos caldeira de uma estrela à sua região central, onde através de reações nucleares (como se fossem bilhões de bombas atômicas explodindo simultâneamente) é obtida a energia necessária para o brilhar desse astro. Telescópio Espacial Hubble já fotografou centenas de estrelas em processo de formação, com seus respectivos discos protoplanetários; como a da figura ao lado, que se encontra na nossa galáxia, relativamente próxima a nós, em uma grande nuvem de gás e poeira chamada Grande Nebulosa de Orion.
 
Analogamente a um filete de água que ao cair de uma torneira vai se afinando até se quebrar em gotas, também esse disco protoplanetário vai se afinando até se quebrar em anéis (efeito pingo). Nesses anéis dá-se início à formação dos planetas, luas e outros corpos, através de processos de acreção. Os minúsculos grãos de poeira da nuvem inicial, colidindo sucessivamente uns com os outros, a altíssimas velocidades, vão se aglutinando; tornando-se partículas cada vez maiores. Damos o nome de 'planetesimais' a essas partículas. Quanto maior um planetesimal, mais rápido ele cresce.  Acreditamos que o cenário era esse, há quatro bilhões e meio de anos, no processo de formação de nosso sistema planetário. Esse cenário durou milhões de anos, até que alguns planetesimais alcançaram massa suficiente para se aquecerem ao ponto de se fundirem e formarem núcleos; tornando-se 'protoplanetas'. Há aproximadamente três bilhões e meio de anos o planeta Terra já estava formando a sua crosta.
Fonte: http://wwo.uai.com.br

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