Telescópios gigantes serão construídos em busca de oxigênio em exoplanetas
A incógnita sempre existiu! O ser humano se pergunta: Estamos sós no Universo?
Os cientistas se dividem sobre o tema, mas não há relato
científico que comprove vida extra-terresetre. Pelo menos até agora!
Telescópios construídos no Chile estão sendo utilizados para uma função que não
havia sido planejada: detectar oxigênio em outros planetas. A vida no planeta Terra, tal qual conhecemos,
seria inconcebível sem a presença do oxigênio, componente indispensável para
organismos dos mais simples aos mais complexos, desde bactérias aeróbias,
plantas ou mamíferos – com exceção das bactérias anaeróbicas. Estes telescópios
têm a capacidade de investigar a luz que passa pela atmosfera de exoplanetas,
destrinchando e observando minuciosamente a composição de alguns gases
presentes na atmosfera de cada um deles. Tudo isto com base nas substâncias que
absorvem faixas de comprimento de ondas específicos. No entanto, não são
sensíveis o suficiente para “explorar” em planetas pequenos e rochosos. O
pesquisador Ignas Snellen do observatório de Leiden na Holanda afirma que está
observando planetas do tamanho de Júpiter. Encontrar oxigênio ainda é tarefa
difícil, é preciso que um exoplaneta (planeta fora do nosso Sistema Solar)
esteja em boas condições de observação.
E vem por aí um novo telescópio!
Snellen e seus colegas calculam que o “European Extremely
Large Telescope” deverá estar pronto na próxima década em Cerrro Armazones, uma
montanha chilena. Será um telescópio de capacidade de observação extraordinária
devido ao seu porte, possuirá um espelho central de 39 metros o que
proporcionará observar estrelas muito distantes até mesmo de outras galáxias. O
trabalho será lento, pois calcula-se que será necessário esperar de 4 a 400
anos para que as condições de observação estejam perfeitas. A equipe de Snellen
também sugere a construção de um conjunto de "baldes de fluxo"; são
telescópios baratos que coletam luz. Estes não podem ser utilizados para
produzir imagens detalhadas como acontece com os observatórios grandes, mas
podem permitir a análise de oxigênio necessária para constatar a presença deste
gás. Segundo Jack Omalley James da Universidade de St Andrews em Fife, no Reino
Unido: “É interessante ter alternativas mais baratas para as investigações
espaciais”. Ele ressalta ainda que detectar oxigênio em outros planetas não é
causa determinante para concluir que existe vida ali, pois outros planetas
podem apresentar composição química de gases completamente diferente à
existente na Terra.
Fonte: Jornal Ciência
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