Saiba mais sobre a Lua

Bolas de golfe, sacos de xixi e jipes. Tudo isso está espalhado na Lua. E tem mais: oxigênio, água e um combustível precioso também estão em abundância no nosso satélite - que, aliás, garante a nossa sobrevivência aqui na Terra
Pedaços de nós

Há 4,45 bilhões de anos, um planeta do tamanho de Marte chamado Theia colidiu com a Terra, foi destruído e rompeu partes da camada mais externa do nosso planeta. Foi desses |destroços que nasceu a Lua. Ela é 95% de rocha igualzinha às que estão aqui. Foi o que descobriram os cientistas ao analisar amostras lunares.

Lar, doce lar

A Nasa comprova: há gelo nos polos lunares dentro de crateras que não pegam sol. Mas a grande descoberta é a água em estado líquido - quer dizer, moléculas de água. E também de um mineral lunar capaz de gerar oxigênio: a ilmenita, um óxido de titânio que, se exposto ao calor, libera oxigênio. E a Lua está pronta para virar nossa casa: tem água, oxigênio e combustível.

Bugigangas

Na primeira viagem à Lua, ficaram por lá uma bandeira americana, uma placa de metal, jipes, câmeras e tripés que transmitiram as imagens do solo lunar. Em 1971 foram deixadas para trás duas bolas de golfe jogadas por Alan Shepard. Também há alguns objetos dos astronautas, como roupas, botas, ferramentas e até sacos de xixi. Estima-se que eles levaram 382 quilos de pedras lunares e que essa mesma quantidade de objetos (lixo?) foi abandonada.

Fita métrica

Espelhos refletores em solo lunar foram direcionados para a Terra para medir a distância até lá: basta disparar um laser daqui e fazer um cálculo do tempo de retorno da luz. Assim se tornou possível medir a distância exata da Lua: 384 000 km. São quase 10 viagens de ida e volta ao Japão. Os espelhos, aliás, comprovam outra coisa ainda mais importante: que de fato estivemos na Lua.

Vida na terra

Saber a distância certa até a Lua fez com que os astronautas percebessem algo estranho: |todos os anos ela se afasta 3,8 cm de nós. Mas há um problema: quanto mais longe está a Lua, mais devagar a Terra gira. Em 1 milhão de anos teremos dias com 26 horas, e em 15 bilhões a Terra para. Um lado pegará fogo, e o outro congelará. Mas não se preocupe: em 1 bilhão de anos o Sol estará 10% mais quente e a Terra será um forno sem água, vida ou nem mesmo Lua.

Fonte:NASA, Amaury Augusto de Almeida, astrônomo do Instituto de Astronomia, Geofísica, Ciências Atmosféricas da USP, Denis Zogbi, astrônomo e secretário geral do Clube de Astronomia de São Paulo

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