Majestosa galáxia NGC 4414

Imagem: The Hubble Heritage Team (AURA / STScI / NASA)
 
Em 1995, a majestosa galáxia espiral NGC 4414 foi imageada pelo Telescópio Espacial Hubble como parte do HST Key Project no Extragalactic Distance Scale. Uma equipe internacional de astrônomos, liderada pelo Dr. Wendy Freedman do Observatório do Instituto Cambridge de Washington que observou essa galáxia em 13 diferentes ocasiões no período de dois meses. As imagens foram obtidas com a Wide Field Planetary Camera 2, ou WFPC2 do Hubble através de 3 diferentes filtros coloridos. Com base na descoberta e nas medidas cuidadosas do brilho das estrelas variáveis existentes na NGC 4414, os astrônomos do Key Project foram capazes de fazer uma determinação precisa da distância da galáxia.
 
O resultado foi que a NGC 4414 está localizada a 19.1 megaparsecs, ou seja, 60 milhões de anos-luz. Esse cálculo juntamente com a determinação similar de distância de outras galáxias próximas contribui para os astrônomos terem um conhecimento geral da taxa de expansão do universo. A Constante de Hubble (H0) é a razão da velocidade com que as galáxias distantes se afastam de nós pela distância que elas estão. Esse valor astronômico é usado para determinar distâncias, tamanhos e a luminosidade intrínseca de muitos objetos no universo, além da própria idade do universo.
 
Devido ao grande tamanho da galáxia se comparado com os detectores da WPFC2, somente metade da galáxia observada foi visível nos dados coletados pelos astrônomos do Key Project em 1995. Em 1999 a Hubble Heritage Team revisitou a NGC 4414 e completou o seu retrato observando a metade que faltava com os mesmos filtros usados em 1995. O resultado final de todo esse esforço é uma maravilhosa imagem totalmente colorida que mostra por completo a galáxia espiral empoeirada. As novas imagens do Hubble mostraram que as regiões centrais da galáxia como acontece normalmente em galáxias espirais, contém primariamente estrelas, mais velhas, amarelas e vermelhas.
 
Os braços espirais externos são consideravelmente mais azulados devido ao contínuo processo de formação de estrelas azuis, as mais brilhantes das quais podem ser vistas individualmente na alta resolução fornecida pela câmera do Hubble. Os braços também são muito ricos em nuvens de poeira interestelar, vistas como pedaços escuros e listras com sua silhueta destacada contra a luz das estrelas.
Fonte: http://www.wired.com

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