Risco de Interferência: Campo magnético do Sol irá inverter nas próximas semanas

O campo magnético do Sol está à beira de virar de cabeça para baixo. 
Estima-se que os pólos sul e norte irão se inverter. O fenômeno ocorre uma vez a cada 11 anos e vai formar um “efeito cascata” em todo o sistema solar. Isso poderá gerar uma “tempestade galáctica” geomagnética, podendo interferir nos satélites terrestres e gerar bloqueios em ondas de rádio. A NASA emitiu um comunicado em agosto que a mudança ocorreria de 3 a 4 meses, mas é impossível dar uma data específica. Espera-se que a mudança dos pólos ocorra nas próximas semanas.
 
Quando o Sol tem manchas perto do equador em sua superfície, onde existe uma atividade magnética mais intensa, isso é sinal que os pólos estão próximos da virada, ciclo este que ocorre 1 vez a cada 11 anos. Todd Hoeksema, cientista do Observatório Solar Wilcox, da Universidade de Stanford, que acompanha o fenômeno desde 1975, disse: “É como uma espécie de maré entrando ou saindo. Cada pequena onda traz um pouco mais de água e, eventualmente, chega à reversão completa”.
 
As últimas observações mostraram que o Sol tem dois pólos atualmente no sul, o que simboliza que o processo de mudança está em andamento: “O pólo norte já mudou de sinal, enquanto o pólo sul está começando”, disse Hoeksema. Em breve, no entanto, ambos os pólos serão revertidos e, no segundo semestre, teremos a máxima energia solar a caminho”, complementou. Durante a troca da atividade magnética de nossa estrela, erupções solares serão enviadas em nossa direção e para todos os outros planetas do Sistema Solar.
 
Estas erupções podem interagir com o nosso próprio campo magnético, provocando um aumento na ocorrência de auroras ou luzes no norte. Explosões maiores poderão interromper comunicação de rádio, sistemas eletrônicos e causar danos em satélites, causando riscos nos voos de companhias aéreas em rotas polares. Também poderão ocorrer bloqueios de energia em alguns pontos. A última vez que a Terra teve seu campo magnético invertido foi há mais de 800.000 anos.
Fonte: Jornal Ciência

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