Alinhamento planetário produz catástrofes?


O alinhamento planetário poderia criar um efeito maré com um campo gravitacional capaz de frear ou acelerar o movimento de rotação da Terra, ou, até mesmo alterar a posição de seu eixo de rotação, causando assim um deslocamento incomum das placas tectônicas, sob sua crosta, e, consequentemente, um aumento gradual e constante de atividade sísmica, como o que está acontecendo agora, pondo em risco a espécie humana; no grau de civilização e tecnologia alcançados até o momento, ou até sua própria existência?  Os efeitos de maré na Terra são devidos apenas à Lua e ao Sol. Para o efeito máximo a contribuição da Lua é cerca do dobro da contribuição do Sol e cada um deles produz uma força de maré máxima sobre um corpo na Terra da ordem de décimo de milionésimo (0,0000001) do peso do corpo. Newton desenvolveu, no século XVII, uma teoria de marés que permite compreender quantitativamente estes efeitos.

Quando se quantifica forças de maré dos demais corpos (planetas) do sistema solar sobre a Terra, constata-se que elas são muitas ordens de grandeza menores do que as forças de maré lunar e solar e, portanto, desprezíveis frente a essas duas produzidas pela Lua e pelo Sol. Júpiter, o maior planeta do sistema solar, quando se encontra o mais próximo possível de nós, produz uma força de maré sobre a Terra que equivale a um milionésimo de milionésimo (0,000000000001) da força de maré lunar! Mesmo um alinhamento de diversos planetas não produziria um efeito comparável ao da Lua e do Sol e, consequentemente, não teria os efeitpos catastróficos apregoados na mitologia sobre o fim do mundo. Adicionalmente tais alinhamentos ocorrem de vez em quando e não há qualquer evidência de que algum deles tenha produzido as catástrofes apocalípticas que mentes supersticiosas criam para dar aparência de verdade aos seus estúpidos devaneios.
Fonte: Prof. Fernando Lang da Silveira  - Ciência e Astronomia

Comentários

  1. Pode até não ter nada a ver este alinhamento astral dos planetas e a vida na Terra. Mas o certo é que exatamente na madrugada do dia 18-setembro meu apêndice inflamou e no terceiro dia seguinte uma cirurgia o removeu. E no hospital em que internei havia mais uma pessoa, uma jovem de seus 20 anos também com apendicite. Será que houve um aumento considerável de cirurgias abdominais pelo mundo.

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