Hubble faz imagem da Galáxia NGC 4762 vista de lado desde a Terra


A galaxy on the edge


Essa imagem espetacular foi capturada pela Advanced Camera for Surveys, a ACS do Telescópio Espacial Hubble das Agências Espaciais NASA e ESA. A brilhante faixa que corta o frame é uma galáxia, a NGC 4762 que é vista de lado desde a Terra, além dela, que domina a imagem, um grande número de outras galáxias também podem ser observadas nessa imagem. A NGC 4762 localiza-se a cerca de 58 milhões de anos-luz de distância da Terra, na constelação de Virgo, a Virgem. Ela faz parte do Aglomerado de Galáxias Virgo, e ainda pode ser chamada de VCC 2095, como é conhecida no Virgo Cluster Catalogue. Esse catálogo lista mais de 2000 galáxias encontradas na área do Aglomerado de Virgo.

O Aglomerado de Virgo é na verdade muito bem localizado, ele está no centro do Superagloemrado de Virgo, que é bem maior, e do qual o nosso aglomerado, o chamado Grupo Local também faz parte.Acreditava-se anteriormente que a NGC 4762 fosse uma galáxia espiral barrada, mas na verdade ela é um tipo de galáxia lenticular, uma galáxia que tem uma forma intermediária entre uma galáxia elíptica e uma galáxia espiral. A visão lateral que nós temos dessa galáxia em particular torna difícil determinar a sua forma verdadeira, mas os astrônomos encontraram nessa galáxia os quatro componentes principais para poderem fazer a classificação – um bulbo central, uma barra, um disco espesso e um anel externo.

O disco da galáxia é assimétrico e torcido, o que poderia ser potencialmente explicado pelo violento canibalismo galáctico que a NGC 4762 exerceu sobre uma galáxia menor, no passado. As partes remanescentes dessa companheira podem então terem sido incorporadas dentro do disco da NGC 4762, redistribuindo assim o gás e as estrelas e mudando a morfologia e a simetria do disco. A NGC 4762 também contém o que chamamos de um Núcleo Galáctico Ativo do Tipo Liner, ou seja, uma região central altamente energética. Esse núcleo é detectável devido à sua linha espectral particular de emissão, que age como um tipo de impressão digital atômica, permitindo assim que os astrônomos possam medir a composição da região.

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