Buraco negro é tão grande que os astrônomos não sabem explicar como ele é possível
Até onde os cientistas sabem, todas as galáxias têm um buraco negro supermassivo em seus núcleos que compõem, no máximo, 0,5% da sua massa total. Portanto, quando eles descobriram uma galáxia chamada CID-947 com um buraco negro que compõe 10% de sua massa… Confusão. Este buraco negro supermassivo de 11,7 bilhões de anos de idade parece ter crescido muito mais rápido do que a sua galáxia hospedeira. Formando-se dois bilhões de anos após o Big Bang, está entre os maiores buracos negros já encontrados, com uma massa de cerca de sete bilhões de vezes a do sol.
“É um buraco negro gigantesco dentro de uma galáxia de tamanho normal, muito superior ao tamanho esperado para buracos negros em galáxias”, disse o principal autor do estudo, Benny Trakhtenbrot, do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique, na Suíça. A descoberta, publicada na revista Science, foi feita usando o novo instrumento MOSFIRE do Observatório Keck, no Havaí. A equipe internacional por trás deste projeto inclui astrônomos da Universidade de Yale, da Universidade Harvard e da Universidade do Havaí, nos EUA, do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique, do Instituto Max-Planck, na Alemanha, do INAF Osservatorio Astronomico di Roma, na Itália e da Universidade de Oxford, no Reino Unido.
Muitas dúvidas
Para o buraco negro ter o tamanho que tem, ele teria que ter crescido primeiro, e a galáxia na qual se encontra teria atravessado o seu período de crescimento máximo mais tarde. Além disso, a galáxia ainda está formando estrelas e continua a crescer, o que desafia totalmente as teorias sobre a evolução desses objetos. A radiação emitida pela expansão do buraco negro deveria dificultar a criação de novas estrelas na galáxia.
Hipóteses
Pode ser que a galáxia seja uma precursora de outras massivas e extremas vistas no universo, mas o seu crescimento bizarro ainda derruba teorias existentes sobre sua evolução. A descoberta pode apoiar a teoria de que os buracos negros cresceram incrivelmente rápido no início do universo, quando o cosmos era menor e mais denso, e hoje operam de forma diferente.
Fontes: Hypescience.com
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