O espirógrafo do HUBBLE

Nessa imagem clássica do Hubble feita em 2000, a nebulosa planetária IC 418 brilha como uma joia multifacetada com padrões enigmáticas. A IC 418 localiza-se a cerca de 2000 anos-luz da Terra na direção da constelação de Lepus.
Uma nebulosa planetária representa o estágio final na evolução de uma estrela similar ao Sol. A estrela no centro da IC 418 foi uma gigante vermelha alguns milhares de anos atrás, mas então ejetou suas camadas externas para espaço para formar a nebulosa, que tem agora se expandido até um diâmetro de cerca de 0.1 anos-luz. A remanescente estelar no centro é o núcleo quente da gigante vermelha, da qual a radiação ultravioleta invade o gás ao redor causando sua fluorescência. Nos próximos milhares de anos, a nebulosa gradativamente irá dispersar no espaço, e então a estrela irá esfriar e apagar por bilhões de anos como uma anã branca. O nosso sol deve passar por esse mesmo destino daqui aproximadamente 5 bilhões de anos.
A imagem do Hubble da IC 418 é mostrada com cores adicionadas para representar os diferentes filtros de câmera usados para isolar a luz de vários elementos químicos. A cor vermelha mostra as emissões do nitrogênio ionizado, o gás mais frio, localizado longe do núcleo quente, a cor verde mostra as emissões de hidrogênio e a cor azul traça a emissão do oxigênio ionizado, o gás mais quente perto do núcleo da estrela. As texturas impressionantes vistas na nebulosa foram recém-reveladas pelo Hubble, mas suas origens ainda se mantêm misteriosas.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Lua eclipsa Saturno

Um rejuvenescimento galáctico

Uma enorme bolha de rádio com 65.000 anos-luz rodeia esta galáxia próxima

Marte Passando

Observações exploram as propriedades da galáxia espiral gigante UGC 2885

O parceiro secreto de Betelgeuse, Betelbuddy, pode mudar as previsões de supernovas

Telescópio James Webb descobre galáxias brilhantes e antigas que desafiam teorias cósmicas:

Telescópio James Webb encontra as primeiras possíveis 'estrelas fracassadas' além da Via Láctea — e elas podem revelar novos segredos do universo primitivo

Espiral de lado

Astrônomos mapeiam o formato da coroa de um buraco negro pela primeira vez