Aqui estão cinco maneiras em que o mundo poderia terminar esta semana
Se você é daqueles que teme o fim
do mundo constantemente, que está só sentado esperando este dia chegar, saiba
que não está tão errado assim. Existem tragédias que não podemos controlar e
que poderiam acabar com o planeta de repente. Por exemplo:
Morte por asteroide/cometa/supernova
Uma colisão com um cometa ou um
asteroide poderia ter consequências devastadoras, não só para a raça humana,
mas para o planeta como um todo. Como sabemos disso? A principal causa da
extinção do Cretáceo-Terciário foi o asteroide de Chicxulub, com um diâmetro
estimado de 10 quilômetros, que liberou energia equivalente a 2 milhões de
bombas Tsar (a mais potente bomba atômica já criada) na Terra. A extinção
afetou não só os dinossauros, mas 75% dos organismos presentes no planeta no
momento.
Um impacto como este solta uma
grande quantidade de poeira e aerossóis para a atmosfera, reduzindo
significativamente a luz solar disponível para a fotossíntese das plantas e
baixando a temperatura ambiente. Com as plantas morrendo, as cadeias
alimentares desmoronam, levando a uma luta mais desafiadora por recursos. Além
disso, fragmentos do asteroide podem ser devolvidos para a atmosfera,
espalhando tempestades de fogo por todo o globo na sua reentrada na Terra. E,
dependendo do local do impacto, enormes tsunamis e terremotos podem aumentar a
devastação por milhares de quilômetros.
Dito tudo isso, quais são as
chances de uma tragédia dessa de fato acontecer conosco? As principais agências
espaciais estão tentando descobrir. A fim de preparar o planeta para um
potencial perigo, eles estão catalogando os “Objetos Próximos da Terra” (OPT)
com mais de um quilômetro para monitorá-los. Objetos menores ainda podem iludir
detecção, no entanto.
Já um evento de supernova,
dependendo de sua proximidade com o sistema solar, poderia ser severamente mais
prejudicial. Se o sol fosse ligeiramente mais massivo, se tornaria uma
supernova, e a quantidade de luz que um observador terrestre veria nessa
explosão é equivalente a ter um bilhão de bombas de hidrogênio detonando
diretamente em seu globo ocular. Felizmente, este não é o nosso caso. Apesar de
supernovas serem aterrorizantes, estamos bastante seguros desses fenômenos. A estrela
mais próxima de nós que acreditamos que se tornará supernova em breve (no tempo
cósmico) é Betelgeuse, que está a uma confortável distância.
Morte por supervulcão
Um supervulcão é qualquer vulcão
capaz de ejetar mais de um trilhão de toneladas de material durante uma
erupção. Essa massa é o equivalente a cerca de 100 Montes Everest. Uma explosão
como essa é um formidável evento geológico, que ocorre quando o magma do manto
da Terra não consegue encontrar uma maneira de escapar através das fissuras
nSupervulcões são capazes de cobrir enormes áreas com cinzas e lava, afetando
significativamente o clima mundial, gerando “mini” eras glaciais ou aquecimento
global.
Invernos vulcânicos já
aconteceram na Terra antes, sendo o mais recente em 1991, quando a erupção do
Monte Pinatubo, nas Filipinas, conduziu a um esfriamento em todo o mundo. O supervulcão mais famoso é
provavelmente o Yellowstone. Ele tem uma caldeira, ou depressão pós-erupção,
que mede 55 por 72 quilômetros. Em sua última erupção, 640.000 anos atrás, suas
cinzas se espalharam por vários estados americanos, de Dakota do Norte até
Louisiana e Califórnia.
Supervulcões podem ter
desempenhado um papel decisivo em vários eventos de extinção durante a história
geológica da Terra, mas mesmo a mais poderosa erupção vulcânica conhecida (que
formou a caldeira vulcânica de La Garita, na imagem acima, no estado americano
do Colorado) gerou somente 0,24% da energia do impacto de Chicxulub.a crosta. A
pressão resultante é tão grande que a erupção tem efeitos de longo alcance.
Morte por pandemia
Bactérias e vírus poderiam
facilmente nos derrotar, se evoluírem versões mais mortais ou mais contagiosas
de doenças contra as quais estamos atualmente lutando. Historicamente, a pandemia mais devastadora
foi a Peste Negra. Causada por uma bactéria e transmitida por pulgas, em apenas
sete anos (1346-1353) se mudou da Ásia Central para a Europa do Norte, matando entre
75 a 200 milhões de pessoas. A praga continuou a massacrar indivíduos na Europa
até o século 19. Outro exemplo notável foi a gripe espanhola que, em dois anos
(1918 e 1919), conseguiu matar mais de 75 milhões de pessoas em todo o mundo.
Futuras pandemias são uma séria
ameaça para a humanidade. Nós entendemos melhor a causa das doenças infecciosas
e como elas se espalham hoje, mas problemas políticos, econômicos, sociais e
médicos podem atrapalhar a prevenção de um surto grave.
Por exemplo, a capacidade dos
seres humanos de viajar rapidamente por todo o planeta poderia acelerar a
propagação de bactérias e vírus, bem como a nossa incapacidade de reconhecer
doenças mais graves somente através de sintomas padrão. A adaptabilidade dos
vírus que poderia levar a contágios acelerados e o aumento de bactérias
resistentes aos antibióticos são outros obstáculos significativos que os
pesquisadores ainda precisam ultrapassar.
Morte por autodestruição
Você conhece o ditado “Se quer
algo bem feito, faça você mesmo”? Então. Por que esperar por asteroides,
vulcões ou doenças altamente contagiosas quando podemos simplesmente acabar com
a Terra nós mesmos? Já se passaram 26 anos após o final da Guerra Fria, mas um
conflito nuclear ainda é a maneira mais eficiente de se livrar de toda a
humanidade. Até onde sabemos, existem cerca de 16.000 armas nucleares no mundo
todo.
Se elas forem usadas de uma só
vez (assumindo um rendimento de 50 megatons por arma), gerariam uma quantidade
de energia três vezes maior do que o supervulcão La Garita (mas ainda 125 vezes
menos potente do que o asteroide que matou os dinossauros), o que é
significativo. Não só aceleraríamos as mudanças climáticas que já estamos
produzindo, como a radiação garantiria um evento de extinção generalizado.
Hoje, somos a espécie “dominante”
da Terra, o topo da cadeia alimentar. Mas esse é um falso topo. Afinal, sem
nossas extensões (as ferramentas e armas criadas por conta da nossa
inteligência), não seríamos nada perto de espécies com organismos muito mais
preparados para todo tipo de confronto e tragédia.
O mundo sem nós não seria uma
terra desolada e escura. A vida é resistente. De fungos radiotróficos que
sobreviveram dentro do reator nuclear de Chernobyl a bactérias extremófilas que
vivem perto de respiradouros vulcânicos no fundo do oceano, o mundo está cheio
de espécies teimosas. Águas-vivas, tubarões, sapos e crocodilos estavam aqui
antes dos dinossauros. Se matarmos uns aos outros, nada impede que outros
animais sobrevivam a nós.
Morte por revolução robótica
Um cenário que a maioria das pessoas acha que levará a nossa
extinção é a insurreição dos robôs. Isso provavelmente se origina de
sentimentos anti-tecnologia que remontam à Revolução Industrial, e deve seu
sucesso a filmes como “O Exterminador do Futuro” e “Matrix”, que tem cimentado
a ideia na nossa consciência.
Os avanços tecnológicos na produção de robôs e computadores
mais rápidos e melhores são incríveis, mas há um longo caminho a percorrer
antes de criarmos uma máquina realmente capaz de pensar. E, mesmo nesse ponto,
os seres humanos não vão de repente se tornar obsoletos.
Computadores, como a maioria das máquinas, não foram criados
para nos substituir, mas sim para preencher lacunas que nós não podemos
preencher sozinhos. Motores a vapor eram necessários para mover muitas pessoas
rapidamente, computadores para fazer cálculos complexos, e robôs para ajudar
com tarefas que os humanos não podiam ou queriam fazer.
Provavelmente, o advento de máquinas pensantes não vai
anunciar a destruição da humanidade, nem a sua salvação. Vai mudar o mundo, com
certeza, mas de maneiras mais mundanas ao invés de cataclísmicas. Ou pelo menos
é o que esperamos…
Fonte: https://hypescience.com
http://www.iflscience.com
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