Universo pode estar em bolha que se expande em outra dimensão


Pelo novo modelo, nosso Universo estaria galopando em uma bolha expansiva em uma dimensão extra - todo o nosso Universo estaria acomodado no limite dessa bolha em expansão.[Imagem: Suvendu Giri]


Bolha extradimensional

Como têm falhado todas as tentativas experimentais para detectar a energia escura - sem contar a nunca encontrada matéria escura - os teóricos estão se debruçando em novas ideias que possam explicar porque as galáxias giram tão rapidamente sem se esfacelarem e por que o Universo parece estar acelerando sua taxa de expansão.

Astrofísicos da Universidade de Uppsala, na Suécia, publicaram agora um novo modelo para o Universo, um modelo que pode resolver esse enigma. Souvik Banerjee e seus colegas propõem um conceito estrutural no qual nosso Universo emerge e "surfa" por uma bolha em expansão, bolha esta que estaria em uma dimensão adicional.

Outra dimensão espacial

Uma das esperanças para justificar e explicar a energia escura está na chamada Teoria das Cordas. De acordo com essa hipótese, toda a matéria consistiria de entidades minúsculas e vibratórias, minúsculas versões de uma corda de violão. Para funcionar, a proposta teoria exige que haja mais dimensões espaciais do que as três a que estamos acostumados.

Ocorre que todos os modelos baseados na Teoria das Cordas feitos para explicar a energia escura têm sido alvos de críticas cada vez mais ferozes, com nenhum deles parecendo ser viável.

Banerjee e seus colegas estão propondo justamente um novo modelo, que inclui a energia escura, e que fundamentalmente estabelece que nosso Universo está "galopando" uma bolha expansiva em uma dimensão extra.

Todo o Universo estaria acomodado no limite dessa bolha em expansão e toda a matéria existente no Universo corresponderia às extremidades das cordas que se estendem para a dimensão extra.

Teorias versus realidade

O modelo também contempla a justificação de por que bolhas expansivas desse tipo viriam a existir, tudo no âmbito da Teoria das Cordas. Ou seja, com base nessa nova proposta, é concebível imaginar que haja mais bolhas do que a nossa, sobre as quais galopem outros universos.

O instrumental usado pela equipe, conhecido como espaço anti-de Sitter, já foi usado antes para propor um universo curvo que destoa da teoria da relatividade e explicar a expansão do Universo sem depender do Big Bang, além de fundamentar a bem mais conhecida teoria do holograma cósmico.

O grande problema com esses modelos e suas visões do Universo é que comprovar sua aderência à realidade parece tão ou mais difícil do que encontrar a matéria e a energia escuras - sem contar que já há outras ideias para explicar a aceleração da expansão do Universo dispensando a energia escura.
Fonte: Inovação Tecnológica

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