Galáxia "fantasmagórica" pode ajudar a desvendar origem do universo
A DGSAT I foi
descoberta em 2016 e está intrigando os cientistas com suas características
incomuns
DGSAT I (ESQUERDA) É UMA GALÁXIA ULTRA-DIFUSA QUE NÃO TEM MUITAS
ESTRELAS COMO GALÁXIAS NORMAIS (DIREITA) (FOTO: A. ROMANOWSKY/UCO/D.
MARTINEZ-DELGADO/ARI)
Uma galáxia fantasmagórica
tem intrigado os cientistas: ela brilha com apenas um vislumbre fraco de luz
das estrelas e não sofreu alterações desde seu surgimento. O mais curioso: os
astrônomos não têm ideia de como ela se formou e foi parar lá, mas compartilharam
suas conclusões sobre o fenômeno em pesquisa publicada na revista Monthly
Notices da Royal Astronomical Society.
Encontrada em 2016, a DGSAT I
é uma galáxia ultra-difusa (UDG), o que significa que é tão grande quanto uma
galáxia normal mas emite pouca luz das estrelas. Essa diferença pode ser
importante para desvendar mistérios sobre a origem do universo, considerando
que ela sofreu poucas alterações ao lingo dos anos. Segundo os pesquisadores,
"não tem havido muita atividade ao seu redor que possa contaminar sua
composição e evolução".
"A composição química de
uma galáxia fornece um registro das condições ambientais de quando ela foi
formada, tal como a maneira em que os elementos no corpo humano podem revelar
uma vida inteira de hábitos alimentares e de exposição a contaminantes",
afirma o coautor da pesquisa, Aaron Romanowsky, em comunicado.
Não é só nisso que a difere
de outras UDGs. A composição química da DGSAT I surpreendeu os pesquisadores
devido à falta de ferro — apesar de ter uma quantidade normal de magnésio. O
fato é ainda mais estranho porque quando as estrelas morrem em explosões, elas
liberam ambos os metais.
“Nós não entendemos essa
combinação de poluentes, mas uma de nossas ideias é que explosões extremas de
supernovas fizeram a galáxia pulsar em tamanho durante a adolescência, de uma
maneira que mantém o magnésio preferencialmente como ferro", explica
Romanowsky. As medições também mostram que a galáxia provavelmente demorou
muito tempo para se formar, começando quando o universo era muito jovem até
pelo menos 3 bilhões de anos atrás.
"Uma possibilidade
intrigante é que algumas dessas galáxias fantasmagóricas são fósseis vivos
desde o alvorecer do universo, quando estrelas e galáxias emergiram em um
ambiente muito diferente do que hoje", disse Romanowsky. "O
nascimento deles é realmente um mistério fascinante que nossa equipe está
trabalhando para resolver."
Fonte: Galileu
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