Astrônomos detectaram emissão de luz recorde em explosões de raios gama
Pela primeira vez, astrônomos
observaram diretamente duas explosões de raios gama extremamente violentas em
galáxias a bilhões de anos-luz de distância da Terra. Essas explosões produziram a luz mais
brilhante já observada no universo, estudada em seguida por cerca de 300
cientistas em todo o mundo.
Poderosíssima
“As explosões de raios gama
são as mais poderosas conhecidas no universo e normalmente liberam mais energia
em apenas alguns segundos do que o nosso sol durante toda a sua vida”, explicou
o cientista David Berge em um comunicado.
Embora ocorram quase todos os
dias sem nenhum aviso prévio, elas duram apenas alguns segundos e permanecem um
mistério para os astrônomos, que nunca as haviam estudado diretamente – apenas
os seus “resquícios”. Tais resíduos brilhantes podem persistir por horas ou
dias.
“Muito do que sabemos sobre
explosões de raios gama nas últimas décadas veio da observação de suas sequelas
em energias mais baixas”, disse a cientista Elizabeth Hays, da NASA, também em
um comunicado.
De
olho nelas
Agora, os pesquisadores
tiveram a chance de observar as explosões conforme elas ocorriam. A primeira
foi detectada em julho de 2018, e a segunda em janeiro deste ano. Essa última foi mais poderosa, com cerca de
100 bilhões de vezes tanta energia quanto a luz visível aos olhos humanos. Dois
telescópios da NASA a observaram em uma galáxia a 4 bilhões de anos-luz de
distância durante 20 minutos.
“Nossas medidas mostram que a
energia liberada em raios gama [nesses 20 minutos] é comparável à quantidade
irradiada em todas as energias inferiores tomadas em conjunto [no período
depois da explosão inicial]. Isso é notável”, afirmou a cientista Konstancja
Satalecka no mesmo comunicado.
Testando
a teoria
Os cientistas já suspeitavam
que uma espécie de dispersão de elétrons era capaz de aumentar a energia dos
fótons durante essas explosões, causando rajadas de raios gama com luz de
energia ultra-alta na fase pós-brilho.
As observações dessas duas
explosões confirmaram essa teoria pela primeira vez.
Um artigo com as descobertas
foi publicado na revista científica Nature.
Fontes: Hypescience.com
[ScienceAlert]
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