Relógio atômico para viagens espaciais supera similares terrestres
Relógio atômico espacial
Um relógio atômico construído pela NASA para operar no espaço completou
com sucesso sua etapa de testes de um ano em órbita da Terra.
Com o sucesso dos testes, a tecnologia está pronta para ser usada para
melhorar a navegação no espaço profundo.
Para navegar pelo Sistema Solar hoje, as naves e sondas espaciais
enviam e recebem sinais de antenas na Terra. Relógios atômicos ultraprecisos
medem o tempo de ida e volta desses sinais - o que pode levar horas - para
calcular a localização exata da nave, o que é essencial nas manobras para
entrar em órbita ou para usar planetas como estilingues gravitacionais.
Acontece que os relógios atômicos atuais têm o tamanho de uma
geladeira, o que exige que eles fiquem aqui na Terra. Isso acrescenta um
retardo substancial e uma margem de erro que cresce com a distância da Terra à
nave, uma vez que a informação da posição terá que viajar até lá.
O novo relógio atômico DSAC (sigla em inglês para Relógio Atômico do
Espaço Profundo) é miniaturizado, o que significa que ele poderá ser embarcado
nas naves, aumentando muito a precisão dos cálculos, com as posições sendo
determinadas em tempo real em relação à necessidade de manobras, voo em
formação e execução de experimentos científicos .
Conforme o relato dos pesquisadores do Laboratório de Propulsão a Jato,
o relógio atômico é aproximadamente 10 vezes mais estável do que os relógios
atômicos usados nos satélites GPS.
Essa estabilidade foi alcançada com o uso de uma nuvem de átomos de
mercúrio eletricamente carregados - íons -, em lugar dos átomos neutros
tipicamente utilizados. Seu funcionamento se baseia em feixes de micro-ondas,
em substituição aos lasers e seus aparatos de refrigeração, que são grandes e
consomem muita energia - o DSAC consome menos de 50 W.
Ao comparar o DSAC com um relógio mestre na superfície, a equipe
verificou que o relógio espacial oscila cerca de 26 picossegundos (3 x 10-26
segundo) ao longo de um dia, mais ou menos o mesmo resultado obtido com os
relógios atômicos terrestres usados atualmente para navegação espacial. A
vantagem é que o DSAC é um relógio atômico miniaturizado, que pode ser levado a
bordo de qualquer sonda planetária.
Fonte: Inovação Tecnológica
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