Cientistas tiram água e oxigênio de pedras lunares
O protótipo foi desenvolvido em uma parceria
entre a Universidade Politécnica de Milão (UPM), a Agência Espacial Europeia
(ESA), a Agência Espacial Italiana e o Grupo OHB.
Parte da superfície da Lua é formada por silício e óxido de
ferro, compostos com oxigênio em abundância. O dispositivo foi testado para
extrair o elemento da poeira lunar artificial. A ideia é que ele funcione de
forma autônoma dentro de possíveis instalações no satélite.
Para que isso fosse possível um ‘forno’ com temperaturas
superiores a 1000°C transformou o material sólido em gás, pulando a fase de
fusão — passagem de uma substância do estado sólido para o estado líquido.
Então, a equipe adicionou hidrogênio e metano para reagirem quimicamente e
produzir água.
Com a extração do oxigênio, o forno deixou subprodutos de hidrogênio e metano, que podem ser utilizados novamente. Além de uma poeira rica em metais para ser usada em outros fins. Esses materiais passam por um conversor catalítico e condensador, que os separam da água.
Os pesquisadores analisaram várias proporções dos
ingredientes em diferentes temperaturas. Descobriram que a versão mais
eficiente extraiu 24% do oxigênio presente na poeira lunar artificial, ou seja,
11% da massa total da amostra. É uma eficiência baixa, é verdade. Mas é um começo.
Michèle Lavagna, professora da UPM que liderou os estudos,
disse em entrevista à revista New Scientist que os experimentos mostraram a
eficácia da plataforma, além de poder operar em um circuito fechado quase
totalmente autossustentável, sem a necessidade de intervenção humana.
Fonte: Gismodo
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