Fato inédito: Telescópio Espacial James Webb rastreia o primeiro asteroide

 Pela primeira vez, o Telescópio Espacial James Webb conseguiu observar um asteroide em movimento. Trata-se de uma excelente notícia, demonstrando que o equipamento poderá auxiliar na vigilância de objetos que circulam ao redor do sistema solar, assim como galáxias distantes, estrelas, entre outros. A expectativa é que sua vida útil dure, pelo menos, 20 anos.  

“À medida que avançamos no comissionamento, testaremos outros objetos se movendo em várias velocidades para verificar se podemos estudar objetos com Webb que se movem por todo o sistema solar”, informou a NASA.

Quase pronto

Em uma postagem no blog oficial da Agência Espacial norte-americana, foi informado que o observatório está “quase pronto” para iniciar as observações científicas, tendo em vista que ele ainda se encontra na fase de comissionamento.

A capacidade do Webb de observar alvos próximos permitirá que ele apresente imagens nítidas tanto de objetos gelados no Cinturão de Kuiper até luas potencialmente habitáveis que circulam os planetas gasosos ao redor do sistema solar.

Tenzing Norgay

O asteroide visualizado foi o 6841 Tenzing, do cinturão principal com o nome de Tenzing Norgay. Apesar da visualização, o James Webb enfrenta alguns desafios para rastrear alvos em movimento. Isso porque esses tipos de objetos oscilam entre partes mais frias e mais quentes, situações que podem influenciar no alinhamento dos espelhos e instrumentos do telescópio.

Mas há muitas expectativas positivas para futuros alvos, como os anéis de Saturno, a atmosfera da lua Titã, observações de vários objetos gelados no Cinturão de Kuiper e da lua gelada Europa.

“Planejamos obter imagens de alta resolução de Europa para estudar sua superfície e procurar atividade de pluma e processos geológicos ativos. Se localizarmos uma pluma, usaremos a espectroscopia de Webb para analisar a composição”, informou a NASA.

A expectativa é que o James Webb, lançado no dia 25 de dezembro de 2021, conclua a fase de comissionamento em junho. Depois, entrará no período de ciência inicial. Cerca de 7% das imagens coletadas no primeiro ano de atividades serão do sistema solar.

Fonte: Olhar Digital

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