Estrela gigante foi destruída por buraco negro supermassivo, diz estudo
Jon Miller, um astrônomo da Universidade de Michigan, liderou uma equipe de pesquisa que conduziu uma análise aprofundada de uma estrela dilacerada por um buraco negro supermassivo.
O
estudo usou dados do Observatório de Raios-X Chandra da NASA e do XMM-Newton da
ESA para examinar os restos de nitrogênio e carbono nas proximidades deste
buraco negro.
Júlia
Mazuco (Via N-Experts) via nexperts
A
equipe acredita que esses elementos foram produzidos dentro da estrela antes de
seu encontro devastador com o buraco negro. Os detritos deixados pela estrela
fornecem evidências de sua composição original, oferecendo informações sobre sua
natureza antes da destruição.
Esse
tipo de destruição estelar é chamado de "evento de ruptura de maré".
O acontecimento específico neste estudo, denominado ASASSN-14li, foi notável
devido à sua proximidade com a Terra e aos dados detalhados que forneceu.
A
análise inicial mostrou um padrão inesperado consistente com uma estrela que
tinha uma massa três vezes maior que a do nosso Sol. Isso sugere que a estrela
destruída pode ser uma das estrelas mais massivas que os astrônomos
testemunharam sendo dilaceradas por um buraco negro.
Além
disso, outro evento, conhecido como o evento "Scary Barbie", relatou
a destruição de uma estrela com aproximadamente 14 vezes a massa do nosso Sol.
No entanto, esta é uma descoberta provisória, e a estimativa é baseada mais no
brilho da explosão do que em uma análise abrangente.
Um
resultado significativo do estudo ASASSN-14li são suas implicações para
pesquisas futuras. Como observamos estrelas com massas semelhantes a
ASASSN-14li perto do buraco negro supermassivo no centro de nossa galáxia, esse
tipo de evento pode ajudar a identificar aglomerados de estrelas semelhantes em
torno de buracos negros supermassivos distantes.
Anteriormente,
os pesquisadores acreditavam que os elementos vistos em raios-x poderiam ter
vindo de emissões anteriores do buraco negro. No entanto, o padrão observado
neste estudo indica que os elementos vieram de uma única estrela.
Um
estudo de 2017, utilizando dados ultravioleta do Telescópio Espacial Hubble da
NASA, já havia indicado níveis aumentados de nitrogênio em ASASSN-14li, mas só
pôde confirmar que a estrela tinha mais de 0,6 vezes a massa do Sol.
Fonte:
Tecmundo
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