Planeta Y: Sistema Solar pode ter outro planeta do tamanho da Terra
Planetas X, Nove e Y
Em algum lugar nos confins do
Sistema Solar pode estar se escondendo um novo planeta do tamanho da Terra, que
os cientistas já estão chamando de Planeta Y.
Diferentemente dos também hipotéticos Planeta Nove e Planeta X, que seriam enormes, o Planeta Y deve ter o tamanho da Terra. [Imagem: NASA/JPL-Caltech / Robert Hurt]
Os astrônomos têm proposto há muito tempo a existência de planetas além do Cinturão de Kuiper, uma região de corpos celestes que incluem Plutão e vários outros objetos transnetunianos. As sugestões mais famosas incluem o Planeta X, um mundo hipotético com cerca de sete vezes a massa da Terra, orbitando a cerca de 50 vezes a distância Terra-Sol, para o qual há muito poucos indícios críveis, e o mais famoso Planeta Nove, que teria 10 vezes a massa da Terra e estaria pelo menos 300 vezes mais distante do Sol do que a Terra - este ainda permanece como uma possibilidade promissora, exigindo melhores observações.
Mas Amir Siraj e colegas da
Universidade de Princeton, nos EUA, estão propondo a existência de outro
planeta, que apelidaram de Planeta Y para diferenciá-lo dos outros candidatos.
Assim como nos outros casos, a
suspeita nasceu a partir de um efeito de deformação nas órbitas de alguns
objetos do Cinturão de Kuiper. "Se essa deformação for real, a explicação
mais simples é um planeta inclinado ainda não descoberto," disse Siraj.
Se existir de fato, o Planeta Y
teria uma massa entre a de Mercúrio e a da Terra, orbitaria a uma distância
entre 100 e 200 vezes a distância Terra-Sol e provavelmente seria um migrante,
um planeta que teria nascido internamente no Sistema Solar e posteriormente
migrado para a periferia.
Sua presença faria com que as
órbitas de alguns objetos do Cinturão de Kuiper se inclinassem ligeiramente
para fora do plano do Sistema Solar, em cerca de 15 graus, com a gravidade do
planeta fazendo com que se movessem acima e abaixo do plano orbital da maioria
dos outros corpos celestes. É esse sinal que os astrônomos acreditam ter
detectado.
"Nosso sinal é modesto, mas
crível, com cerca de 2 a 4% de chance de ser um acaso," disse Siraj.
"Os indícios iniciais do Planeta Nove citavam probabilidades de acaso
semelhantes."
Indícios
O plano deformado nas órbitas dos
corpos transnetunianos que está sugerindo a existência do Planeta Y é diferente
das deformações orbitais justificando a procura pelo Planeta Nove. "A
assinatura é diferente," disse Siraj, acrescentando que isso significa que
a existência de um não influi na existência do outro, ou seja, tanto o Planeta
Nove quanto o Planeta Y podem ser reais.
Luzes mais claras sobre a
existência desses hipotéticos novos planetas só deverão vir na próxima década,
com a entrada em operação do Observatório Vera C. Rubin, que fará um
levantamento do céu de 10 anos. A expectativa é que o Vera Rubin possa até
mesmo fotografar diretamente o Planeta Nove e o Planeta Y, caso eles realmente
existam.
Inovação Tecnológica

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