Estudo explica fraca luminosidade das rajadas escuras de raios gama
Impressão artística mostra uma explosão de raios gama em uma região escura de um estrela em formação. Explosões de raios gama estão entre os eventos mais energéticos do Universo, mas alguns parecem curiosamente obscuros em luz visível. O maior estudo dessas explosões escuras de raios gama até à data, utilizando o instrumento Grond sobre o MPG de 2,2 metros / telescópio do ESO em La Silla, no Chile, descobriu que estas explosões gigantescas, embora intrigante, não exigem explicações exóticas. Sua fraqueza está totalmente explicado por uma combinação de causas com o mais importante é a presença de poeira entre a Terra ea explosão. Foto: ESO/Divulgação
Estudo realizado por cientistas do Instituto Max Planck para a Física Extraterrestre, utilizando o instrumento GROND, montado no telescópio MPG do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), explica a fraca luminosidade das rajadas escuras de raios gama, um dos fenômenos mais energéticos do universo. Este é considerado o maior estudo já realizado sobre as rajadas. As rajadas de raios gama são geradas a partir da explosão de estrelas massivas, criando feixes de luz tão brilhantes que podem ser vistos a uma distância de 13 bilhões de anos-luz, perto dos limites do universo observável. Porém, algumas rajadas de raios gama têm um brilho abaixo do espectro visível, parecendo que lhes falta esta característica, o que deixou os pesquisadores perplexos durante os últimos 10 anos. Segundo o estudo, essa fraca luminosidade explica-se como uma combinação de várias causas, sendo a mais importante a presença de poeira entre a Terra e o fenômeno. O estudo indica que a maioria das rajadas escuras de raios gama são aquelas cuja pequena quantidade de radiação visível foi completamente absorvida pela poeira antes de chegar à Terra. A Nasa - a agência espacial americana - lançou o satélite Swift em 2004, para orbitar por cima da atmosfera terrestre e conseguir detectar explosões de raios gama e comunicar imediatamente as suas posições a outros observatórios para estudo dos brilhos residuais. No estudo, os cientistas utilizaram dados registrados pelo Swift e também novas observações do GROND, que se dedica à observação continua de rajadas de raios gama. Combinando os dados, foi determinada a quantidade de radiação emitida pelo brilho residual a comprimentos de onda muito distintos. Assim, foi medida a quantidade de poeira que obscurece a radiação no percurso do raio até a Terra. Foi descoberto que as rajadas escurecem para uma marca entre 60% e 80% da intensidade original com que foi emitida devido à poeira. Para rajadas mais distantes, a intensidade transforma-se para apenas entre 30% e 50%. Estudos anteriores já haviam apontado que rajadas de raios gama podem ser capazes de ajudar a monitorar a taxa na qual as estrelas formam-se e morrem em distantes galáxias, confirmar as estimativas anteriores de que 25% das vezes as estrelas massivas se formam em locais repletos de poeira de estrelas, e que a poeira se forma provavelmente nas nuvens ao redor de estrelas em formação. Além disso, indicam que pode haver muito mais poeira do que se suspeitava e que as rajadas escuras de raios gama poderiam fornecer uma maneira de descobrir a quantidade de formações estelares que estão acontecendo no universo.
Fontes: http://noticias.terra.com.br/http://www.eso.org/public/portugal/news/eso1049/
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