Quais foram as descobertas mais importantes do Hubble?
O Hubble demorou dez dias para produzir essa imagem, a mais profunda já obtida do espaço. Foto: Robert Williams and the Hubble . Deep Field Team (STScI) and NASA.
Em 2009, o telescópio Hubble completou 19 anos de atividades como uma das missões mais bem sucedidas da NASA. Durante esse período, fez 88.ooo observações de 29.000 corpos celestes. O telescópio produz essas imagens enquanto orbita a Terra a uma velocidade de 8km/s. Sem a interferência da atmosfera, ele pode enxergar o universo de uma maneira que um telescópio terrestre não conseguiria. Através das imagens produzidas pelo Hubble, os astrônomos comprovaram teorias e formularam novos conceitos. Acompanhe quais foram as cinco descobertas mais importantes do telescópio:
1 - Energia escura
Resultados obtidos pelo telescópio Hubble ao longo dos anos 90 proporcionaram uma das descobertas científicas mais importantes das últimas décadas. Desde os anos 20, os astrônomos sabem que o Universo está em expansão. Porém, acreditava-se ela fosse desacelerada pela ação da gravidade. "Foi uma surpresa quando os resultados obtidos pelo Hubble mostraram que esta expansão está na verdade acelerando. Iisso significa que existe uma força atuando de maneira oposta à gravidade", conta Roberto Costa, professor do Instituto Astronômico e Geofísico da USP. Por ter uma origem desconhecida, tal força foi chamada de energia escura.
Resultados obtidos pelo telescópio Hubble ao longo dos anos 90 proporcionaram uma das descobertas científicas mais importantes das últimas décadas. Desde os anos 20, os astrônomos sabem que o Universo está em expansão. Porém, acreditava-se ela fosse desacelerada pela ação da gravidade. "Foi uma surpresa quando os resultados obtidos pelo Hubble mostraram que esta expansão está na verdade acelerando. Iisso significa que existe uma força atuando de maneira oposta à gravidade", conta Roberto Costa, professor do Instituto Astronômico e Geofísico da USP. Por ter uma origem desconhecida, tal força foi chamada de energia escura.
2 - Imagens do Universo primitivo
A imagem que ilustra este texto foi obtida com tempo de exposição de cerca de 10 dias. Durante o período, o telescópio fez imagens consecutivas da mesma região. As fotos foram depois somadas e, assim, os cientistas conseguiram produzir a imagem mais profunda do espaço já obtida em astronomia. Tal imagem recebeu o nome de "Hubble Deep Field". Através dela, é possível visualizar objetos de luz extremamente fracos, situados a distâncias da ordem da dezena de bilhões de anos-luz e que surgiram pouco tempo depois da formação do Universo. "Com esses resultados, foi possível ter uma visão clara do Universo primitivo pela primeira vez na história", diz Roberto.
A imagem que ilustra este texto foi obtida com tempo de exposição de cerca de 10 dias. Durante o período, o telescópio fez imagens consecutivas da mesma região. As fotos foram depois somadas e, assim, os cientistas conseguiram produzir a imagem mais profunda do espaço já obtida em astronomia. Tal imagem recebeu o nome de "Hubble Deep Field". Através dela, é possível visualizar objetos de luz extremamente fracos, situados a distâncias da ordem da dezena de bilhões de anos-luz e que surgiram pouco tempo depois da formação do Universo. "Com esses resultados, foi possível ter uma visão clara do Universo primitivo pela primeira vez na história", diz Roberto.
3 - Idade do Universo
Desde o Big Bang, o Universo está em expansão, mas, até pouco tempo, não se sabia a que velocidade isso acontecia. Usando imagens do Hubble para medir a distância da Terra a outras galáxias e analisar estrelas chamadas de anãs brancas, dois grupos de cientistas conseguiram fazer a determinação mais precisa até hoje da velocidade da expansão e, consequentemente, da idade do Universo. Os resultados foram publicados em 1999 e 2002 e estimam que o Universo tenha entre 12 e 14 bilhões de anos.
Desde o Big Bang, o Universo está em expansão, mas, até pouco tempo, não se sabia a que velocidade isso acontecia. Usando imagens do Hubble para medir a distância da Terra a outras galáxias e analisar estrelas chamadas de anãs brancas, dois grupos de cientistas conseguiram fazer a determinação mais precisa até hoje da velocidade da expansão e, consequentemente, da idade do Universo. Os resultados foram publicados em 1999 e 2002 e estimam que o Universo tenha entre 12 e 14 bilhões de anos.
4- Buracos negros supermassivos.
O centro das galáxias é uma região de atividade intensa, que era creditada à grande concentração de estrelas, gás e poeira. O Hubble descobrir que essa movimentação na verdade é causada pelos buracos negros supermassivos. Esse corpos são gigantescos, com massa bilhões de vezes superior à do nosso sol e capturam qualquer coisa que passa perto deles, inclusive a luz. Por causa disso, esses objetos não podem ser observados diretamente. Resultados obtidos em 1994 através de imagens de outros corpos celestes detectaram a existência dos buracos negros supermassivos e, desde então, os astrônomos começaram a fazer um censo deles. "Com isso, descobriu-se que a nossa galáxia também tem um buraco negro em seu núcleo", afirma o professor.
O centro das galáxias é uma região de atividade intensa, que era creditada à grande concentração de estrelas, gás e poeira. O Hubble descobrir que essa movimentação na verdade é causada pelos buracos negros supermassivos. Esse corpos são gigantescos, com massa bilhões de vezes superior à do nosso sol e capturam qualquer coisa que passa perto deles, inclusive a luz. Por causa disso, esses objetos não podem ser observados diretamente. Resultados obtidos em 1994 através de imagens de outros corpos celestes detectaram a existência dos buracos negros supermassivos e, desde então, os astrônomos começaram a fazer um censo deles. "Com isso, descobriu-se que a nossa galáxia também tem um buraco negro em seu núcleo", afirma o professor.
5 - Jovens planetas
Será que o nosso sistema solar é único? Pode ser que não. O Hubble descobriu discos achatados de poeira ao redor de estrelas jovens, indicando que existem sistemas planetários em formação. "Essas imagens complementaram as descobertas feitas por outros telescópios de planetas fora do sistema solar e indicam que sistemas planetários como o nosso devem ser comuns no Universo", diz Roberto. Além disso, em 2001 o Hubble obteve pela primeira vez a composição química da atmosfera de um planeta fora do nosso sistema, observando as cores obtidas quando a luz atravessa a atmosfera de um desses objetos na constelação de Pégasus.
Será que o nosso sistema solar é único? Pode ser que não. O Hubble descobriu discos achatados de poeira ao redor de estrelas jovens, indicando que existem sistemas planetários em formação. "Essas imagens complementaram as descobertas feitas por outros telescópios de planetas fora do sistema solar e indicam que sistemas planetários como o nosso devem ser comuns no Universo", diz Roberto. Além disso, em 2001 o Hubble obteve pela primeira vez a composição química da atmosfera de um planeta fora do nosso sistema, observando as cores obtidas quando a luz atravessa a atmosfera de um desses objetos na constelação de Pégasus.
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