Dossiê: Como a Terra, o Sistema Solar, a Via Láctea e o Universo irão acabar? .
O nosso Universo é um local cercado de maravilhas com extrema beleza, mas nada dura para sempre, ou será que dura? Muitas teorias são propostas. O Jornal Ciência relata abaixo como chegará ao fim a Terra, o Sistema Solar, a Via Láctea e o Universo, baseado em modelos teóricos e estudos acumulados na astronomia.
Como será o fim da Terra?
Tecnicamente, a vida na Terra poderia já ter acabado ou nem existido se não fosse sua atmosfera que nos protege e nos recobre. Muitas teorias são discutidas e existem várias possibilidades. Cada vez que o Sol emite luz, um pouco de sua massa é perdida – uma vez que a luz é gerada pela fusão nuclear, na qual átomos se fundem, perdendo um pouco de sua massa na forma de energia. Alguns astrônomos defendem que o Sol, ao longo de bilhões de anos, dissiparia sua massa em uma escala que não poderia mais exercer atração sobre a Terra, e nosso planeta vagaria sem rumo pelo espaço. Outras teorias sugerem que, em no máximo 5 bilhões de anos, a Terra será engolida pelo Sol.
Exatamente como isso ocorrerá ainda é uma questão de debate entre os teóricos. Astrônomos dizem que o Sol irá se expandir enormemente em sua fase de gigante vermelha, evento que ocorre quando a fusão nuclear interna “sopra” suas camadas exteriores cada vez mais longe, podendo atingir a órbita da Terra. Alternadamente, as camadas externas do Sol poderiam ser puxadas pela Terra, exatamente como ocorre com as marés, onde a Lua exerce sua atração. Essa atração mútua puxaria a Terra para trás, diminuindo sua órbita até ser engolida por nossa estrela.
Alguns cientistas pensam que, se a vida inteligente sobreviver muito tempo, as civilizações podem ser capazes de mover a Terra, deslizando-a para fora do alcance do Sol. Mesmo se isso ocorrer, o Sol entrará em colapso em algum momento e começará a esfriar lentamente. Se os seres humanos conseguirem “empurrar” a Terra fora do alcance de nossa estrela, buscando evitar a morte, certamente irão morrer por falta de energia do Sol e poderão congelar, levando ao fim da raça humana.
Como o Sistema Solar irá acabar?
Nem todas as partes do Sistema Solar irão acabar da mesma maneira. Como mencionado anteriormente, o Sol irá expandir em uma gigante vermelha. A Terra poderá escapar se a civilização desenvolver tecnologia inacreditavelmente avançada para tal feito. Mercúrio e Vênus, no entanto, não conseguiriam fugir e seriam engolidos pelo Sol, tornando-se vapor, ao menos é o que afirmam as teorias. Outra teoria afirma que, à medida que o Sol se expandir, a órbita de Mercúrio irá ficar irregular, podendo ocorrer colisão com Vênus ou com nosso planeta.
Nem todas as partes do Sistema Solar irão acabar da mesma maneira. Como mencionado anteriormente, o Sol irá expandir em uma gigante vermelha. A Terra poderá escapar se a civilização desenvolver tecnologia inacreditavelmente avançada para tal feito. Mercúrio e Vênus, no entanto, não conseguiriam fugir e seriam engolidos pelo Sol, tornando-se vapor, ao menos é o que afirmam as teorias. Outra teoria afirma que, à medida que o Sol se expandir, a órbita de Mercúrio irá ficar irregular, podendo ocorrer colisão com Vênus ou com nosso planeta.
A nova órbita de Mercúrio iria exercer forças gravitacionais que, por sua vez, iriam puxar e modificar a órbita da Terra. Os planetas se puxariam o tempo todo, criando excentricidades nas órbitas planetárias. Alguns planetas poderiam “cambalear” pelo Sistema Solar e outros poderiam sair vagando pelo espaço. Em algumas simulações realizadas por computador, vários resultados são possíveis: Mercúrio pode ser engolido pelo Sol, bem como chocar-se com Vênus. Seja qual for o resultado, isso irá afetar todo o Sistema Solar, em uma espécie de efeito dominó. E o que acontecerá com os outros planetas?
O Sol irá terminar seus dias como uma anã branca. Recentemente os astrônomos capturaram imagens de um asteróide sendo sugado por uma anã branca, indicando que existe a possibilidade de planetas orbitarem este tipo de estrela que estão em estágio de resfriamento. Geralmente os planetas mais próximos são engolidos ou evaporados, já os exteriores permanecem orbitando a estrela por tempo indeterminado.
O nosso mundinho formado pela Terra, planetas vizinhos e o Sol é algo patético comparado com a imensidão de nossa galáxia. A Via Láctea nem sentiria se nós desaparecêssemos. Não é apenas a Terra que possui um futuro nefasto, com previsões de virar churrasquinho. A Via Láctea é cotada para chocar-se com outra galáxia, Andrômeda, daqui a bilhões de anos. Este evento não é tão violento, apesar de soar como algo assustador.
As estrelas que formam as galáxias estão tão distantes que é possível um pedaço de uma galáxia passar dentro de outra sem que exista nenhuma colisão. A Via Láctea irá se mover lentamente, passando por dentro de Andrômeda.
Nossa galáxia, possivelmente, perderá sua forma característica de espiral, por influência gravitacional de Andrômeda. Esta por sua, também sofrerá modificações, que poderão influenciar em sua forma. O resultado? Uma grande galáxia única, bem maior e mais difusa que as duas que a formaram, como uma espécie de grande aglomerado amorfo de estrelas. Existe um fio de esperança para nossa galáxia. Ela não será destruída completamente, apenas irá mudar de posição, formato e quantidade de objetos cósmicos. Bem, pelo menos por um tempo.
Quando falamos em “fim” as coisas tornam-se relativas. A resposta para essa pergunta pode estar na energia escura. Nós não sabemos o que de fato é a energia escura, mas sabemos que é uma força estranha e repulsiva que faz com que o Universo afaste-se cada vez mais. Existiam muitas teorias relacionadas com a proximidade de tudo o que existe no Universo, formando um novo Big Bang para dar origem a tudo o que conhecemos novamente.
O Universo como conhecemos está ficando cada vez maior, em uma escala problemática. Existem correntes dentro da Astronomia que dizem que as estrelas, ao menos boa parte delas, serão sugadas pelos buracos negros provenientes de suas próprias galáxias. Os buracos negros irão evaporar, emitindo energia, cada vez mais rápido, à medida que encolhe. Eventualmente, o Universo se dissolverá, como um lenço de papel molhado, ao longo de centenas de bilhões de anos.
Existem outras teorias, como as que afirmam que a energia escura ficará cada vez mais “forte”, rasgando o Universo em peças longas, o que ocorreria em 20 bilhões de anos a partir de agora. Torna-se complicado entender e teorizar como tudo irá chegará ao fim, só nos resta tentar viver o máximo de tempo para testemunhar a imensa beleza de vários eventos cósmicos que estão por vir.
Fonte: Jornal Ciência
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